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Como assim o Taiti é na França? Conheça a Polinésia Francesa, palco das provas de surfe de Paris-2024

Disputas do surfe ocorrem na praia de Teahupo'o, no Taiti, a 15 mil quilômetros de distância da cidade-sede dos Jogos Olímpicos

29 jul 2024 - 20h27
(atualizado às 20h39)
Conheça o Taiti, na Polinésia Francesa, palco da disputa de surfe nos Jogos de Paris
Conheça o Taiti, na Polinésia Francesa, palco da disputa de surfe nos Jogos de Paris
Foto: Ed Sloane/Pool via REUTERS

Antes mesmo do início das provas, a disputa do surfe nos Jogos Olímpicos de Paris já começou com a quebra de recorde histórico. Isso porque a modalidade ocorre nas praias de Teahupo'o, no Taiti, a 15.716 km da cidade-sede da Olímpiada de 2024. 

Mas por que as provas do surfe são realizadas no arquipélago que fica em pleno Oceano Pacífico? O motivo é que o Taiti faz parte da Polinésia Francesa, considerada um território autônomo ultramarino da República da França

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O comitê organizador de Paris-2024 decidiu sediar o surfe no arquipélago com o objetivo de espalhar a Olimpíada pelo território francês. A mudança levou ao recorde de maior distância de uma disputa de modalidade em relação à cidade-sede olímpica desde o início dos Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896.  

As disputas do surfe são nas praias de Teahupo'o, conhecida pelas ondas gigantes e consistentes que se formam além da costa. O 'swell', termo usado para descrever as ondas de grande volume, atraiu os primeiros surfistas internacionais ao território em 1985. 

Conheça o Taiti, na Polinésia Francesa, palco da disputa de surfe nos Jogos de Paris
Foto: Reprodução/Wikicommons

Desde então, com ondas que podem chegar a sete metros de altura, Teahupo'o ganhou cada vez mais espaço no cenário internacional do surfe, recebendo competições menores até as etapas do circuito mundial.

O nome da praia, aliás, não é à toa: na língua polinésia, signfica 'rachador de cabeças'. Em 2000, a surfista taitiana Brice Taerea morreu ao cair de uma onda de quase quatro metros, batendo a cabeça contra um coral de recifes. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu à fratura de duas vértebras cervicais. 

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Isso não impede que cada vez mais surfistas ao redor do mundo busquem as ondas do Taiti. Lá, Gabriel Medina já venceu uma das etapas do Circuito Mundial de Surfe (ASP World Tour), em agosto de 2014. 

Gabriel Medina em disputa do surfe nos Jogos de Paris
Foto: REUTERS/Carlos Barria

Taiti e o surfe nas Olimpíadas

Palco das disputas de surfe dos Jogos Olímpicos de Paris, o Taiti recebeu uma estrutura especial para acomodar os 28 surfistas de 21 países diferentes. O local paradisíaco contou, inclusive, com uma cerimônia de abertura própria para a Olimpíada. 

A modalidade é nova, tendo estreado em Tóquio-2020. Na ocasião, o brasileiro Ítalo Ferreira levou o ouro masculino, enquanto a campeã entre as mulheres foi a estadunidense Carissa Moore. 

Para Paris-2024, o Brasil conta com Gabriel Medina, João Chianca e Filipe Toledo entre os homens. Pelas mulheres, representam Tati Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel. 

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Fonte: Redação Terra
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