Enquanto o Ocidente debate se devemos usar IA em sala de aula, a China quer que os estudantes a usem cada vez mais

A grande maioria das universidades de referência na China já integrou a IA como uma competência básica. Em alguns casos, há cursos obrigatórios e modelos próprios de IA funcionando em servidores dentro dos campi

30 jul 2025 - 12h14
(atualizado em 31/7/2025 às 15h26)
Foto: Xataka

Em muitos campi universitários chineses, o uso de inteligência artificial já não é discutido: é praticado. Segundo uma pesquisa do instituto MyCOS, apenas 1% do corpo docente e discente afirmou não usar ferramentas generativas. Os outros 99% as utilizam e quase 60% declaram usá-las com frequência. Trata-se de uma mudança notável em relação a dois anos atrás, quando acessar o ChatGPT exigia o uso de espelhos e VPNs. Hoje, o movimento é inverso: as instituições incentivam o uso.

Como destaca a MIT Technology Review, a transição foi rápida, mas planejada. Na Universidade de Zhejiang, uma disciplina introdutória de IA é obrigatória para todos os estudantes a partir de 2024. Outras, como Fudan, Renmin e Nanjing, abriram cursos transversais para qualquer área, não apenas para informática ou engenharia.

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Pequim dita o ritmo para a IA

O foco está no uso criterioso: orientações internas, exemplos concretos, recomendações sobre quais tarefas podem ser apoiadas por modelos generativos e em quais deve prevalecer o julgamento humano. A interação com a máquina é tratada como uma habilidade a mais, comparável a outras alfabetizações técnicas. A McKinsey estima que a China precisará de 6 milhões de profissionais com domínio em IA até 2030.

Diversas universidades estão desenvolvendo seus próprios cursos focados em alternativas locais ao ChatGPT. Instituições como Shenzhen e Zhejiang lançaram programas de ensino sobre o DeepSeek, um modelo que busca se posicionar como referência nacional em...

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