A China atravessa uma grave crise de emprego que afeta particularmente os jovens do país. O país, que investiu pesadamente na automação de muitos processos fabris a ponto de ter mais robôs do que todos os outros países do mundo juntos, enfrenta níveis recordes de desemprego.
Há um ano, viralizou na rede social chinesa Xiaohongshu a publicação de um desafio que membros mais velhos da Geração Z e jovens millennials compartilhavam com orgulho online: frugalidade, ou seja, comer com moderação. Muitos veículos de comunicação afirmam que eles compartilham isso como algo "legal". O orçamento era de US$ 66 (cerca de R$ 348,5) por mês.
Agora, há influenciadores digitais até mesmo promovendo a redução dos gastos com alimentação. Enquanto as autoridades alegam que o consumo interno insuficiente em grande parte da sociedade está prejudicando o crescimento, os recém-formados têm motivos para se preocupar com o futuro.
Na China, o desemprego entre os jovens tem se mantido em torno de 20% há algum tempo. Quem tem emprego teme perdê-lo, as condições de trabalho continuam difíceis, há uma desilusão generalizada com a situação atual e a persistente crise imobiliária pode fazer com que a perspectiva de ter uma casa própria pareça inatingível, especialmente nas grandes cidades. Assim, nas redes sociais, muitos jovens influenciadores demonstram como conseguem preparar duas refeições por dia com apenas um dólar (cerca de R$ 5,2).
Influenciadores de uma vida com menos
Essa tendência é impulsionada...
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