O Domo de Araguainha guarda um segredo cósmico no interior do Brasil. Um gigantesco meteorito atingiu a região há milhões de anos. Hoje, a cratera revela pistas sobre a história da Terra. Ela mostra c
O Domo de Araguainha chama a atenção de geólogos do mundo todo. Esse enorme anel de rochas marca o ponto onde um antigo meteorito atingiu a Terra. Localizado entre os estados de Mato Grosso e Goiás, no centro do Brasil, o local permanece pouco conhecido fora dos meios acadêmicos. Mesmo assim, abriga pistas importantes sobre a história do planeta.
Os estudos indicam que o impacto do meteorito ocorreu há cerca de 254 milhões de anos. Pesquisas relacionam essa época a grandes mudanças ambientais na Terra. Dessa forma, o Domo de Araguainha ajuda cientistas a entender como eventos espaciais influenciam a vida por aqui. A região hoje exibe fazendas, pequenas cidades e uma paisagem tranquila, em contraste com o passado violento.
O que é o Domo de Araguainha e por que ele se destaca?
O Domo de Araguainha representa a maior cratera de impacto já identificada na América do Sul. Os levantamentos apontam um diâmetro aproximado de 40 quilômetros. Assim, o meteorito que abriu essa estrutura possuía vários quilômetros de largura. O impacto deformou rochas profundas e levantou blocos que hoje formam um grande domo central.
Os moradores da região conheciam as formações rochosas havia muito tempo. No entanto, geólogos só reconheceram a origem meteórica na segunda metade do século 20. As marcas de choque apareceram em minerais como o quartzo. Esses cristais exibem fraturas típicas de impactos extremos. Esse tipo de evidência fortaleceu a interpretação como cratera de meteorito.
Domo de Araguainha: onde fica e como o meteorito transformou a região?
O domo se espalha pela divisa entre Araguainha (MT) e Pontalina (GO), em área de Cerrado. A princípio, a paisagem parece apenas uma sequência de colinas. Porém, imagens de satélite revelam o enorme anel circular. Estradas rurais cortam as bordas da cratera e acompanham, em parte, esse contorno.
O impacto alterou profundamente o subsolo. As rochas que ficavam em camadas profundas subiram e ficaram expostas. Por isso, a região oferece um "corte geológico" natural. Pesquisadores analisam esses afloramentos para reconstruir antigos ambientes marinhos e continentais. Além disso, o relevo diferenciado influencia cursos d'água e a ocupação humana.
Como os cientistas estudam a maior cratera de meteorito da América do Sul?
Os estudiosos utilizam técnicas variadas para investigar o Domo de Araguainha. Em primeiro lugar, realizam mapeamentos de campo detalhados. Depois, coletam amostras de rochas e minerais para análises em laboratório. Essas amostras revelam sinais de temperaturas e pressões altíssimas.
Os pesquisadores também aplicam datações radiométricas. Esses métodos permitem estimar com precisão a idade do impacto. Além disso, levantamentos geofísicos medem variações de gravidade e magnetismo na área. Assim, os cientistas reconstroem a geometria interna da cratera e avaliam a espessura das camadas deformadas.
Quais curiosidades cercam meteoritos e crateras como a de Araguainha?
O Domo de Araguainha integra um conjunto global de estruturas de impacto. Muitos meteoritos menores entram na atmosfera todos os dias. Em geral, eles se desintegram antes de alcançar o solo. Contudo, alguns fragmentos sobrevivem e recebem classificação específica:
- Condritos: formados principalmente por silicatos e pequenas esferas minerais.
- Ferríferos: compostos basicamente por ferro e níquel.
- Mistos ou siderólitos: combinam metal e rocha.
Crateras grandes, como Araguainha, surgem com pouca frequência. Mesmo assim, os impactos maiores deixam marcas duradouras. Em alguns casos, eles influenciam o clima e a biodiversidade. Estudos discutem se o evento na região de Araguainha contribuiu para uma extinção em massa no fim do período Permiano. Pesquisas ainda analisam essa possível relação.
O que o Domo de Araguainha revela sobre a história da Terra?
O domo funciona como um laboratório ao ar livre. Ele preserva informações sobre o interior da crosta continental. Ao mesmo tempo, registra as consequências de um grande impacto cósmico. Com isso, os cientistas entendem melhor os riscos de novos eventos semelhantes.
O interesse pelo Domo de Araguainha cresce entre instituições brasileiras. Grupos de pesquisa de universidades diferentes realizam expedições periódicas. Além disso, aumenta o debate sobre turismo científico responsável na área. Iniciativas desse tipo podem aproximar a população da geologia e da astronomia. Assim, o público passa a enxergar o Cerrado também como fonte de conhecimento sobre o espaço.
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