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Tarifas subiram em 7 cidades após 1 ano dos protestos

Rio de Janeiro e São Paulo têm as tarifas mais altas do País e Brasília a menor

10 jun 2014 - 08h16
<p>Protestos em todo o País começaram contra o aumento da tarifa do transporte público</p>
Protestos em todo o País começaram contra o aumento da tarifa do transporte público
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

As manifestações de junho de 2013 começaram para protestar o reajuste no valor das passagens de ônibus. A força e a grandiosidade dos atos não só convenceram muitos prefeitos a recuarem da decisão pelo aumento como, em alguns casos, fez com que eles reduzissem a tarifa até então praticada. Mas a alegria durou pouco. Um ano depois, sete capitais elevaram os preços, 16 mantiveram os mesmos valores e apenas quatro os reduziram.  Hoje, o Rio de Janeiro e São Paulo são as capitais com as tarifas mais altas do País. Brasília é a com a menor tarifa.

Veja os valores das tarifas dos ônibus nas capitais do País

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Mas ainda que algumas das conquistas de 2013 tenham sido perdidas por reajustes nas tarifas, a alta de preço em alguns casos não apagou as maiores conquistas dos protestos: a renovada consciência que o brasileiro passou a ter de seu direto à manifestação e a ascensão do transporte público como tema de discussão. Algumas capitais chegaram a abrir processo de licitação para o transporte público, fato inédito em muitas cidades.  A seguir, veja como ficou o valor das passagens nas capitais brasileiras.  

Onde a tarifa subiu

No Rio de Janeiro o aumento da tarifa de ônibus começou a ser aplicado em 8 de fevereiro de 2014. Ela passou de R$ 2,75 para R$ 3, tornando-se, assim, na mais cara entre as capitais, ao lado de São Paulo. Em 2013, durante a onda de protestos, a prefeitura chegou a retroceder no reajuste e a passagem caiu de R$ 2,95 para R$ 2,75.

Já a Prefeitura de Porto Alegre, capital onde os protestos tiveram origem em 2013, não conseguiu evitar o reajuste de 5,6% nas passagens neste ano. A principal justificativa das empresas foi a concessão de reajustes salariais aos rodoviários. Mesmo com a explicação, após o aumento na tarifa, em março, pequenos protestos foram registrados. Em resposta a eles, foi aberto processo de licitação para o transporte público na cidade.

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Em Belo Horizonte, foi a Justiça quem definiu o aumento da passagem em R$ 0,20 este ano após impasse envolvendo a prefeitura e as empresas que prestam o serviço. Assim, desde 10 de maio, o preço aumentou. Em 2013, a prefeitura chegou a revogar o reajuste e o valor, então de R$ 2,80, passou para R$ 2,65.

Em Maceió, Alagoas, por sua vez, a passagem subiu R$ 0,20 em março de 2014. O valor também foi definido pela Justiça após impasse entre a prefeitura, que defendia a manutenção do original, e a Transpal, que representa os empresários de ônibus e queria reajuste para R$ 2,80.  O Tribunal de Justiça de Alagoas decidiu pelo meio termo e a tarifa aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,50.

Desde dezembro de 2013, os passageiros de Boa Vista, Roraima, pagam mais pela passagem que subiu R$ 0,35, o maior aumento entre as capitais. Em Goiânia, desde 2 de maio, a tarifa subiu de R$ 2,70 para R$ 2,80. E desde 19 de maio deste ano os moradores de Belém passaram a pagar R$ 0,20 a mais na tarifa, hoje em R$ 2,40.

Onde a tarifa se manteve estável 

Em São Paulo, apesar de o valor ter aumentado de R$ 3 para R$ 3,20 entre os dias 2 e 24 de junho de 2013, o reajuste foi logo abandonado depois de intensas manifestações. Ainda assim, a cidade paga a passagem mais cara do País – R$ 3. 

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Manifestantes não vão parar enquanto aumento não for revisto
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Florianópolis, por sua vez, que tinha em 2013 a segunda passagem mais cara do Brasil, conseguiu manter o valor neste ano e promete que o preço será reduzido neste ano. O valor, hoje, é de R$ 2,90 para quem paga com dinheiro e de R$ 2,70 para quem usa cartão eletrônico. A partir de agosto, as tarifas serão menores – de R$ 2,58 para o cartão e R$ 2,75 para pagamento em dinheiro. A redução foi possível graças ao processo de licitação vencido pelo consórcio Fênix, formado pelas mesmas empresas que atualmente exploram o transporte coletivo, mas com novas obrigações, entre elas a redução de preço das tarifas – que foi cumprida.

Mapa dos protestos das tarifas: Em 2013, uma onda de protestos pela diminuição do preço das tarifas do transporte público atingiu o Brasil. Veja a evolução dos protestos

Com a mesmo tarifa desde 2012, Brasília segue com o menor valor do País entre as capitais – R$ 1,50. Os moradores de Teresina, Piauí, também pagam a mesma tarifa desde 2012. Segundo determinação da prefeitura de Teresina, não poderá haver reajuste até que novo processo de licitação, a ser aberto ainda neste ano, seja concluído. São Luís, no Maranhão, continua com o mesmo preço desde fevereiro de 2010.

Nas capitais de Recife, Cuiabá, João Pessoa, Fortaleza, Aracaju, Rio Branco, Porto Velho, Manaus, Curitiba e Salvador não ocorreram mudanças no valor em 2014.

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Em Palmas, a prefeitura briga para que a passagem permaneça em R$ 2,50, apesar de o Conselho de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte ter aprovado em maio deste ano aumento técnico para R$ 2,80. Estão em debate projetos de lei na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de Palmas para desoneração do ICMS e ISS sobre as passagens. O valor cairia em R$ 0,18 e os outros R$ 0,12 seriam subsidiados pela prefeitura, o que permitira a manutenção da tarifa em R$ 2,50.

Onde a tarifa caiu

A capital com maior redução no valor da passagem no País é Natal, no Rio Grande do Norte. A tarifa havia sido reajustada em maio de 2013, passando de R$ 2,20 para R$ 2,40, mas em 4 de junho de 2013 ocorreu a primeira redução para R$ 2,30 e, um mês depois, com novo corte, caiu para R$ 2,20. Nesse meio tempo, a prefeitura abriu processo de regulação do sistema de transporte.

Em 2013, Campo Grande cobrava R$ 2,85 pelo transporte coletivo, mas reduziu para R$ 2,75 após os protestos de 2013. E, no final do ano, a prefeitura conseguiu diminuir ainda mais a passagem, passando o valor para R$ 2,70, que atualmente se mantém. Já a redução no valor da tarifa em Vitória, Espírito Santo, segue ativa e a tarifa cobrada que é de R$ 2,40, uma das mais baixas do País. O mesmo ocorre em Macapá, onde o valor da passagem é de R$ 2,20.

Fonte: Terra
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