Ao indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta quarta-feira, 20, a Polícia Federal identificou que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares a que estava submetido desde o dia 18 de julho. Eles foram indiciados pelos crimes de coação no curso do processo e abolição do Estado Democrático de Direito ao tentar interferir no julgamento da ação penal do golpe, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro estava proibido de usar redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Mesmo assim, no domingo, 3 de agosto, pediu a dois contatos que publicassem um vídeo em que aparecia saudando manifestantes na orla de Copacabana. O ex-presidente encaminhou o vídeo ao deputado federal Capitão Alden (PL-BA) e a um contato nomeado "Negona do Bolsonaro".
O vídeo encaminhado por Bolsonaro para Vanessa no domingo, 3 de agosto, é o mesmo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) naquele dia. Horas depois, o filho "01? de Bolsonaro apagou o vídeo de seus perfis. Ao decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro na segunda-feira, 4, Moraes citou o vídeo como prova do descumprimento reiterado das medidas cautelares a que o ex-presidente estava submetido.