"Não represento o PT. Represento a Presidência", diz Dilma

Em entrevista convocada no Palácio do Planalto, a presidente reeleita comentou seus planos para o próximo mandato e assuntos que cercaram sua campanha

7 nov 2014 - 11h01
(atualizado às 11h02)
La reelecta mandataria de Brasil, Dilma Rousseff, en Brasilia, jun 15 2014. Un rápido apretón del cinturón y luego vuelta a los negocios de siempre.
Esa parece ser la estrategia para los próximos meses de la recién reelecta presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, que está intentando recuperar la confianza de la comunidad empresarial sin sacrificar su agenda de reducción de la pobreza y de asegurar una fuerte presencia del Estado en la economía.
La reelecta mandataria de Brasil, Dilma Rousseff, en Brasilia, jun 15 2014. Un rápido apretón del cinturón y luego vuelta a los negocios de siempre. Esa parece ser la estrategia para los próximos meses de la recién reelecta presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, que está intentando recuperar la confianza de la comunidad empresarial sin sacrificar su agenda de reducción de la pobreza y de asegurar una fuerte presencia del Estado en la economía.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Reeleita, a presidente Dilma Rousseff (PT) se encontrou com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, para uma entrevista a fim de divulgar os planos para seu próximo mandato. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a petista reconheceu que terá pela frente uma tarefa complexa para lidar com a inflação e promover o crescimento econômico do País, depois dos números modestos alcançados durante o seu primeiro mandato.

Durante a entrevista, Dilma falou sobre diversos assuntos relacionados aos seus planos de governo e aos temas levantados durante a campanha deste ano. Entre esses temas, Dilma ressalta as diferenças entre ela e o próprio partido, assumindo que não representa o PT, mas a Presidência da República. "A opinião do PT é uma opinião do partido. Não me influencia. Eu não sou presidente do PT. Sou presidente dos brasileiros", explica. A presidente diz ainda que o PT se queixa sobre xingamentos feitos durante a campanha e ela diz que "não cabe a ela" tais agressões.

Publicidade
Veja discurso da presidente Dilma depois de ser reeleita
Video Player

Dilma disse ainda que o diálogo - que propõe desde o seu primeiro discurso após ser reeleita - é sobre assuntos e propostas concretas. "A minha proposta sobre educação é esta. Quais são os pontos em comum que podemos levar juntos?", exemplifica. Mais uma vez, Dilma se desvincula do partido: "Vou ter diálogo com governadores de oposição e governadores de situação. A minha relação com ambos vai ter de ser de parceria". Indagada sobre Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, Dilma se conteve a dizer "Cada pessoa percorre um caminho. Você se encontra no futuro. Não existe nada pré-determinado".

Também sobre a questão da regulação da mídia, Dilma diz que precisa de diálogo e de uma consulta pública. Ela diz que não se trata de interferência em conteúdo ou censura. E avisa que deve abrir as discussões públicas, pela internet, no primeiro ou segundo trimestre.

A presidente citou os Estados Unidos e a Inglaterra, dizendo que, nesses países, a regulação da mídia existe, mas não servirão de exemplo para a regulação no Brasil. "O conceito de oligopólio e monopólio terá que ser discutido, sobretudo o que é concessão", afirma. "Não acho que a Rede Globo é o problema [...] Porque a gente está demonizando uma rede de televisão. Quando você tem que ter regras que valham para todo mundo". 

Publicidade

Por fim, Dilma ainda comentou o conceito de "bolivarianismo", que tornou-se um termo comum nos discursos da oposição, ao comparar o Brasil à Bolívia. "É uma vergonha tratar os dois países como iguais. É uma excrescência porque não tem similaridade", afirma. "Cheguei à conclusão de que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), integrado pelo PIB brasileiro, é bolivariano. [...] Os órgãos de participação vem desde 1935. Aí você pega o decreto (que regulamenta a criação dos conselhos populares e foir derrubado na Câmara na semana passada) e chama de bolivariano?", indaga a presidente.

Fonte: Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se