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Governo federal reconhece calamidade em 336 cidades do Rio Grande do Sul; chuva afetou 2/3 do Estado

Medida facilita o repasse de verbas para os locais atingidos pelos temporais, que deixaram 78 mortos; União e Congresso preparam 'orçamento de guerra' para a região

5 mai 2024 - 23h25
(atualizado em 6/5/2024 às 08h35)
Registro da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, neste domingo, 5
Registro da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, neste domingo, 5
Foto: Reprodução/REUTERS/Amanda Perobelli

O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública para 336 municípios do Rio Grande do Sul neste domingo, 5, devido às fortes chuvas na região, que deixaram 78 mortos e 105 desaparecidos. Isso corresponde a dois terços do Estado, que enfrenta seu pior desastre climático. Várias regiões gaúchas ainda têm pontos ilhados, estradas e pontes destruídos e moradores à espera de resgate. Há centenas de milhares de moradores sem luz e água.

A decisão publicada em edição extra do Diário Oficial da União permite que haja, com mais agilidade, o repasse de verbas federais para os locais atingidos. Como mostrou o Estadão, governo federal e Congresso preparam um "orçamento de guerra" para o Rio Grande do Sul.

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O governador Eduardo Leite (PSDB) tem falado sobre a necessidade de um Plano Marshall para reconstruir o Estado, em referência ao apoio americano para reerguer a Europa Ocidental no pós-Segunda Guerra Mundial.

Entre as medidas avaliadas, estão liberar recursos fora dos limites fiscais ao Estado, autorizar os governos locais a gastarem além da arrecadações, criar um plano de socorro às empresas e agilizar o pagamento de emendas parlamentares à região. Estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que desastres naturais causaram prejuízos de R$ 105,4 bilhões ao País em 2023.

Rio Guaíba transborda e águas invadem Cais Mauá no RS
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Diferentemente do estado de emergência, o estado de calamidade, oficializa maior gravidade da crise, como um problema que o Estado ou a prefeitura não consegue resolver sozinhos, o que exige apoio federal. Municípios agora podem solicitar verbas para ações emergenciais que reestruturem as áreas afetadas.

O presidente Lula esteve no Estado neste domingo com uma comitiva composta por ministros, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, para visitar as áreas atingidas.

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Em entrevista coletiva em Porto Alegre, Lula afirmou que Marina Silva vai propor um plano de prevenção aos desastres ambientais. "É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça. É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça", declarou o presidente.

A cheia do Rio Guaíba, que inunda ruas de Porto Alegre, deve levar dias para retornar a patamares seguros. Embora tenha evitado um desastre maior, o sistema antienchente da capital gaúcha está em seu limite e, em alguns pontos, já não dá conta de conter as águas do rio. O Rio Grande do Sul enfrenta o pior desastre climático da sua história.

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Neste domingo, 5, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) informou que há previsão de "cheia duradoura, com a estabilização dos níveis d'água elevados no Guaíba em torno de 5m a 5,50m durante mais de quatro dias", mesmo que não persistam os temporais./COLABOROU Marcio Dolzan

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