Ex-ministro Gilson Machado é solto após decisão de Moraes

Ele é investigado por suposta tentativa de obter passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro

14 jun 2025 - 10h04
Resumo
Gilson Machado foi solto após decisão de Alexandre de Moraes, que substituiu sua prisão por medidas cautelares, em investigação sobre passaporte português para Mauro Cid.
Ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto
Ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 21.03.2022

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) deixou a prisão na noite desta sexta-feira, dia 13, após ter sua detenção revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Machado foi preso pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de tentar viabilizar um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com a decisão de Moraes, a prisão foi substituída por medidas cautelares. Gilson Machado agora está obrigado a comparecer regularmente à Justiça, não poderá sair do país, terá o passaporte cancelado e não poderá manter contato com outros investigados no inquérito que apura uma suposta articulação golpista.

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Mais cedo, Mauro Cid foi ouvido pela PF e negou ter planos de deixar o Brasil. Segundo os investigadores, familiares do militar viajaram para os Estados Unidos no mês passado, o que levantou suspeitas sobre uma possível tentativa de fuga.

Em março, o ministro Moraes já havia exigido esclarecimentos formais de Cid a respeito do pedido de passaporte português. O advogado do militar, Cesar Bittencourt, afirmou que Cid iniciou o processo de obtenção da cidadania portuguesa em 11 de janeiro de 2023, logo após os ataques de 8 de janeiro em Brasília.

De acordo com Bittencourt, o pedido foi feito "única e exclusivamente" porque a esposa e as filhas de Cid já possuem cidadania portuguesa. O defensor confirmou ainda que a carteira de identidade portuguesa foi expedida e remetida em 2024. "Carteira portuguesa é apenas um documento de identificação", reforçou o advogado.

Fonte: Redação Terra
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