O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) terá a cassação votada na Câmara sob acusação de falta de decoro por confronto com um membro do MBL, enquanto alega perseguição política e questiona a proporcionalidade da pena.
Nesta terça-feira, 9, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciou que levará ao plenário processos contra deputados, dentre eles, consta o do pedido de cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ). O psolista protestou contra a votação, ocupou a cadeira de Motta na Câmara e, horas depois, foi retirado à força pela polícia legislativa em meio (vídeo acima).
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Glauber Braga foi acusado pelo partido Novo de falta de decoro após expulsar do plenário, com chutes e empurrões, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro. O episódio, que foi filmado, ocorreu em abril de 2024.
O deputado psolista defende que a cassação é desproporcional e evidencia uma perseguição de caráter político.
Para Glauber, a suposta manobra foi articulada pelo ex-presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), após denúncias contra ele ligadas ao orçamento secreto — esquema de distribuição de verbas federais no Brasil, especialmente no governo Bolsonaro. Lira nega as acusações.
“É também um processo que já deveria ter sido levado ao plenário desde o dia 22 de abril deste ano", disse Motta, conforme reportado pela Agência Brasil. “Todos sabem que esse processo foi concluído lá no Conselho de Ética e que o Plenário precisa dar o seu veredito final. Vamos enfrentar esse caso do deputado Glauber nesta semana, para que o Plenário possa dar a sua posição.”