Em balanço, Tarcísio diz que tirou do papel Túnel Santos-Guarujá, mas contrato sequer foi assinado

Em tom de campanha, governador de SP apresentou resultados dos três anos de gestão e celebrou obras que ainda não foram entregues

18 dez 2025 - 12h41

Mirando 2026, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) apresentou nesta quinta-feira, 18, um balanço dos três anos de gestão e incluiu obras que ainda não foram entregues.

Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o governador reproduziu o tom da campanha - por ora apenas publicitária - divulgada na capa promocional de diversos jornais.

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Publicidade do governo paulista que foi divulgada na capa promocional dos principais jornais de São Paulo nesta quinta-feira, 17, dia em que governador Tarcísio de Freitas realizou evento de balanço dos três anos de sua gestão.
Publicidade do governo paulista que foi divulgada na capa promocional dos principais jornais de São Paulo nesta quinta-feira, 17, dia em que governador Tarcísio de Freitas realizou evento de balanço dos três anos de sua gestão.
Foto: Reprodução/Governo de SP / Estadão

Tirar o Túnel Santos-Guarujá do papel: Apesar de, após 100 anos, um governador de fato se comprometer e criar o projeto, que foi leiloado em setembro deste ano, o contrato ainda não foi assinado. A previsão é que isso ocorra em fevereiro, mas ainda não existe data para início das obras. A estrutura também conta com recursos da União, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Colocar os trens da Linha 17-Ouro nos trilhos após mais de uma década: o monotrilho, que teve o contrato assinado em 2011 com promessa de entrega para 2014, só será aberto ao público em março de 2027, ainda em operação parcial. Os testes dos trens nos trilhos, no entanto, já estão sendo feitos.

Acabar com a Cracolândia: Embora as cenas de uso a céu aberto, em aglomerações que tomavam até quarteirões inteiros, como na Rua Helvétia e na Praça Princesa Isabel, não existam mais, não é possível afirmar que a Cracolândia acabou. Atualmente, os dependentes químicos estão espalhados na região central em grupos menores e mais dispersos, conforme mostrou reportagem do Estadão em novembro.

"Não há mais o controle das facções nos presídios. Hoje só há o controle do Estado". Especialistas contestam a afirmação do governador e apontam forte influência do PCC nas penitenciárias paulistas.

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