Defesa de Bolsonaro fala em indignação após denúncia da PGR: ‘Jamais compactuou’

Ex-presidente foi denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado

19 fev 2025 - 00h48
(atualizado às 00h56)

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que recebeu com "estarrecimento e indignação" a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente, acusado de tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

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"O presidente [Bolsonaro] jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam", afirmaram os advogados do ex-presidente em contato com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. 

Segundo a defesa, "a despeito dos quase dois anos de investigações --período em que foi alvo de exaustivas diligências investigatórias, amplamente suportadas por medidas cautelares de cunho invasivo, contemplando, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos--, nenhum elemento que conectasse minimamente o Presidente à narrativa construída na denúncia, foi encontrado".

Jair Bolsonaro participa de sabatina no SBT
Jair Bolsonaro participa de sabatina no SBT
Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena / Estadão

Entena a denúncia da PGR

Bolsonaro foi denunciado pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união e deterioração de patrimônio tombado.

Além do ex-presidente, a PGR também denunciou nesta terça-feira, 18, o ex-ministro general Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros 31 pelos crimes de:

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  • Golpe de Estado;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Organização Criminosa.

O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma "falsa realidade de fraude eleitoral" para que sua derrota não fosse interpretada como um acaso e servir de "fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022".

A investigação aponta ainda que a o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Redação Terra
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