CPI cancela acareação entre Onyx e Luis Miranda

Vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues apontou que senadores consideraram que a acareação poderia ser mais um "palco para mentiras"

17 ago 2021 - 10h08
(atualizado às 15h53)
 Onyx teve de explicar as ofensas dirigidas ao deputado em pronunciamento no mês passado.
Onyx teve de explicar as ofensas dirigidas ao deputado em pronunciamento no mês passado.
Foto: Agência Brasil/Câmara dos Deputados/Reprodução / Estadão Conteúdo

A acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) foi cancelada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

A audiência estava marcada para esta quarta-feira, dia 18.

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A acareação foi agendada para abordar a controvérsia envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, cuja análise de irregularidades colocam as versões de Onyx e Luis Miranda em confronto.

A CPI dizia ter outras informações acessadas por sigilo para abordar na acareação, mas não avançou. "Do ponto de vista da investigação, ia ser pouco produtivo", afirmou o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao justificar o cancelamento da audiência.

Randolfe apontou ainda que senadores consideraram que a acareação poderia ser mais um palco para mentiras como as do líder do governo Ricardo Barros (PP-PR) na semana passada. "Festival igual a esse não parece de bom tom repertimos na CPI. A acareação não ocorrerá amanhã e, a não ser que haja um fato superveniente, não acho necessário remarcá-la", avaliou.

No lugar da acareação, a CPI vai ouvir nesta quarta-feira, às 9h30, Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos. Ele é o representante legal da empresa na negociação da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech, com o Ministério da Saúde.

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Túio Silveira vai comparecer à CPI munido de um habeas corpus. Ele ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer. Ele alegou “sigilo profissional” para não ser “compelido a depor sobre a Precisa na CPI, sob pena de cometimento do crime de violação do sigilo funcional". O argumento não foi aceito pelo ministro Luiz Fux, que acatou apenas parcialmente o pedido de Túlio que o permite não responder a perguntas que pudessem incriminá-lo.

* Com informações da Agência Senado

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