O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou neste domingo, 27, duas semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília (DF), após ser submetido à sexta cirurgia no intestino.
A internação começou no dia 11 de abril, após ele passar mal durante uma agenda que cumpria no Rio Grande do Norte. Desde então, Bolsonaro segue em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta, com alimentação por sonda e sem funcionamento regular do sistema digestivo.
Durante a semana, ele apresentou uma piora clínica. Na quinta-feira, 24, um boletim médico informou que Bolsonaro teve elevação da pressão arterial e piora nos exames laboratoriais. No sábado, 26, ele se manteve estável, mas os sintomas de gastroparesia permaneceram. A condição impede o estômago de se contrair e esvaziar corretamente.
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Além das questões médicas, Bolsonaro foi intimado na quarta-feira, 23, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dentro da UTI, no âmbito do processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado. Segundo o STF, o ex-presidente demonstrou capacidade de ser intimado ao participar de uma live no dia anterior. Após a notificação, começou a contar prazo de cinco dias para que ele apresente uma defesa.
Mesmo com recomendação de evitar visitas, Bolsonaro recebeu aliados como Valdemar Costa Neto e Silas Malafaia durante a semana. Antes da piora clínica, em uma live ao lado dos filhos Eduardo, Carlos e Flávio, o ex-presidente chegou a dizer que poderia ter alta no dia 28. A equipe médica, no entanto, reforçou que ainda não há previsão para isso ocorrer.
Desde a internação, o hospital divulga boletins diários sobre o estado de saúde do ex-presidente. Saiba como foi a evolução do estado de saúde de Bolsonaro e como se deram os dias em que ele esteve internado:
11 de abril
Bolsonaro passa mal no RN, é estabilizado e transferido para Natal.
12 de abril
Bolsonaro deixa o hospital em Natal e vai para Brasília.
13 de abril
Médicos realizam cirurgia de desobstrução.
14 de abril
Médicos dizem que cirurgia foi "complexa, mas com excelente resultado" e Bolsonaro já conversa normalmente.
15 de abril
Melhora e funcionamento regular do intestino do ex-presidente.
16 de abril
Ele começa a caminhar no hospital.
17 de abril
Boletim aponta cicatrização normal, sem febre ou infecção.
18 de abril
Evolução clínica boa e tomografias apontam que não houve complicações.
19 de abril
Alteração de pressão arterial, que foi normalizada em seguida.
20 de abril
Pressão de Bolsonaro passa a ser controlada e evolução clínica é considerada boa.
21 de abril
Médicos retiram drenos abdominais.
22 de abril
Movimentação intestinal do ex-presidente é efetiva. Ainda assim, ele segue em jejum oral.
23 de abril
Chega a intimação na UTI por processo no STF.
24 de abril
Bolsonaro tem piora clínica: aumento da pressão arterial e exames alterados.
25 de abril
Quadro volta a ser considerado estável, sem novos picos de pressão.
26 de abril
Bolsonaro mantém estabilidade clínica, sem febre ou alteração de pressão; fígado em recuperação.