Uma missão boliviana de alto nível viajará nesta sexta-feira ao Brasil para informar a situação jurídica do senador Roger Pinto, que fugiu de La Paz no final de agosto com a ajuda de funcionários da embaixada brasileira, informou nesta segunda-feira a ministra da Comunicação, Amanda Dávila.
A missão boliviana será integrada pelos ministros do Governo (Interior), da Transparência e Luta contra a Corrupção e da Justiça, além de autoridades do Ministério Publico.
O presidente boliviano, Evo Morales, informou no sábado que a missão relatará de forma "bem documentada, com material jurídico e técnico", a situação do senador Pinto ao ministério Público do Brasil, assim como ao ministério da Justiça para que possam ter uma base sobre o caso".
O envio ao Brasil da missão de "alto nível foi acertado diretamente entre Morales e a presidente Dilma Rousseff para evitar intermediários na questão".
Morales ressaltou que, antes de conceder asilo ao senador, "a presidente Dilma não sabia que Pinto tinha quatro acusações, não sabia que tinha uma condenação, nem estava informada de que ele tinha processos por corrupção".
Pinto fugiu de seu país há dez dias, chegando ao Brasil por terra em um veículo diplomático protegido por fuzileiros da embaixada brasileira em La Paz, onde estava refugiado desde maio de 2012.
O Brasil havia concedido asilo ao senador, mas o governo boliviano se negava a dar um salvo-conduto para que deixasse o país, por causa de sua situação judicial.
Antes de se refugiar na embaixada do Brasil, Pinto entregou ao governo boliviano documentos sobre supostos atos de corrupção e vínculos de autoridades com o narcotráfico.
