A mãe e amigos do adolescente Kaique Augusto dos Santos, 17 anos, encontrado morto no último sábado, na avenida Nove de Julho, em São Paulo, compareceram na tarde desta sexta-feira ao 3º Distrito Policial, no centro da capital paulista, para prestar depoimento durante as investigações do caso.
A mãe do jovem, Isabel Cristina Batista, traumatizada com a morte do filho, preferiu não emitir opinião sobre o que aconteceu. O advogado da família, Ademar Gomes, afirmou, por telefone, que ela levou à polícia informações que podem ajudar na solução do caso.
De acordo com ele, trata-se de duas testemunhas que teriam presenciado o crime. Uma teria informado que skinheads teriam participado da morte. A outra, seria de um morador de um prédio da região, que também teria presenciado a morte do adolescente.
Aline Amaral, dona da casa em que Kaique morava, afirmou que o rapaz não tinha indícios de depressão e que desconfia da versão de suicídio, registrada pela polícia. "Ele (Kaique) era uma pessoa normal, vivia bem com a gente. Trabalhava, estudava. Estamos esperando uma resposta da polícia para o que aconteceu. Ele nunca falou em suicídio. Nunca apresentou sinais de depressão", disse ela.
Na casa, no bairro do Carandiru, zona norte de São Paulo, viviam também Kaique Souza, 19 anos, e sua mulher, Paloma Santos. Souza disse que recebeu a notícia da morte do amigo com surpresa, principalmente com a violência sofrida pela vítima. "A investigação vai trazer a resposta para o que aconteceu."
Kaique dos Santos foi encontrado morto, com o rosto desfigurado, no último sábado na avenida Nove de Julho, uma das mais movimentadas da capital paulista.
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De acordo com a família, Kaique teria ido para uma festa, na noite de sexta-feira, com alguns amigos, na região da praça da República, local em que teria sido visto pela última vez. Segundo colegas que estavam com ele, Kaique foi visto em frente ao palco da casa noturna PZÁ. Depois, ele teria saído do estabelecimento sozinho ou com outra pessoa que não fazia parte do grupo.
Após o desaparecimento, colegas de Kaique imaginaram que ele poderia estar na casa de algum conhecido, mas, com o passar do tempo, a preocupação acabou tomando conta de toda a família. Na segunda-feira, Tayna ligou para a mãe perguntando pelo irmão, mas ela disse que não via o jovem desde o feriado de final de ano.
No mesmo dia, familiares iniciaram a busca, que durou quase 24 horas. A mãe de Kaique foi até o Hospital das Clínicas e Instituto Médico Legal (IML), onde não encontrou nenhum registro de vítimas com as características do filho.
O corpo do rapaz só foi encontrado na terça-feira, no IML. O adolescente foi encontrado com sinais de espancamento, com o rosto desfigurado e sem os dentes.
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O caso foi relatado no boletim de ocorrência como suicídio, versão descartada pela família.
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A mãe e amigos do adolescente Kaique Augusto dos Santos, 17 anos, encontrado morto no último sábado, na avenida Nove de Julho, em São Paulo, compareceram na tarde desta sexta-feira ao 3º Distrito Policial, no centro da capital paulista, para prestar depoimento durante as investigações do caso
Foto: Marcelo Pereira
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A mãe do jovem, Isabel Cristina Batista, traumatizada com a morte do filho, preferiu não emitir opinião sobre o que aconteceu.
Foto: Marcelo Pereira
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O advogado da família, Ademar Gomes, afirmou, por telefone, que ela levou à polícia informações que podem ajudar na solução do caso
Foto: Marcelo Pereira
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Amigos e familiares organizaram um protesto contra a morte do jovem
Foto: Reprodução
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O jovem foi encontrado morto no centro de SP
Foto: Reprodução
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Amigos e familiares de Kaique protestaram no centro de São Paulo
Foto: Marcelo Pereira
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Eles pedem o esclarecimento da morte do garoto, encontrado morto no último sábado
Foto: Marcelo Pereira
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Manifestantes ligados ao movimento LGBT engrossaram o coro no protesto
Foto: Marcelo Pereira
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Dezenas de pessoas se juntaram no Largo do Arouche para protestar e homenagear Kaique
Foto: Marcelo Pereira
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Os manifestantes também pediram a criminalização da homofobia
Foto: Marcelo Pereira
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Jovens de mãos dadas durante ato no centro de São Paulo
Foto: Marcelo Pereira
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Amigos do jovem Kaique pediram justiça durante o protesto
Foto: Marcelo Pereira
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Manifestantes ligados ao movimento LGBT também participaram do ato
Foto: Marcelo Pereira
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O governador de São Paulo também foi alvo dos manifestantes, que carregavam cartazes pedindo justiça a Kaique
Foto: Marcelo Pereira
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Largo do Arouche ficou lotado durante manifestação pedindo o esclarecimento da morte de Kaique
Foto: Marcelo Pereira
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Um dos que participaram do ato foi o cartunista Laerte Coutinho, que definiu assim a sua presença
Foto: Marcelo Pereira
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Outro que esteve com Kaique na madrugada da sua morte foi o autônomo Douglas Oliveira, 31 anos
Foto: Marcelo Pereira
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Familiares e amigos falam em homicídio e uma das hipóteses é que tenha sido provocado por homofobia
Foto: Marcelo Pereira
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A polícia registrou o caso como suicídio. Porém, o rapaz estava com todos os dedos das mãos quebrados, sem os dentes e com uma barra de ferro cravada em uma das pernas
Foto: Marcelo Pereira
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O garoto foi localizado sem vida pouco depois de deixar o mesmo Largo do Arouche, local em que teria participado de uma festa na semana passada
Foto: Marcelo Pereira
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Quando a noite começou a cair na cidade de São Paulo, cerca de 500 jovens se reuniram no Largo do Arouche, região central de São Paulo, para um ato em homenagem ao adolescente Kaique Augusto dos Santos, 17 anos, encontrado morto no último sábado, na avenida Nove de Julho, em São Paulo