RJ: preso comparsa de traficante que usava aviões da FAB

13 mai 2011 - 20h36
(atualizado às 20h43)

Policiais civis e federais de Macaé (RJ) prenderam nesta sexta-feira Luís César Pereira de Oliveira, acusado de receber cocaína em malas transportadas por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a Justiça, a entrega acontecia através de seu irmão, Paulo Sérgio Pereira de Oliveira, oficial da Aeronáutica. Conforme dados obtidos na Operação Mar aberto, da Polícia Federal, a mala seria entregue em uma base localizada nas Ilhas Canárias, na Espanha.

A polícia afirmou que o acusado já tinha contratado a logística para repassar a droga a José Roberto Monteiro Zau, preso no último domingo e também investigado na operação. Ainda segundo a investigação, Luís César de Oliveira tinha relacionamentos com uma fornecedora de drogas boliviana e com o líder de uma quadrilha de traficantes, identificado como John Michael White. O preso será encaminhado para o Presídio Ary Franco, de onde será transferido para uma das penitenciárias do Estado do Rio de Janeiro.

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A prisão de Zau

A visita do Dia das Mães foi a senha para acabar com o disfarce e a fuga de um traficante internacional que vivia longe dos holofotes das autoridades havia mais de uma década. Integrante de quadrilha que no fim dos anos 1990 enviava milhares de quilos de cocaína para a Europa usando aviões da FAB, José Roberto Monteiro Zau foi preso no domingo à noite por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal.

O criminoso chegava em um carro registrado em nome da mãe para vê-la quando foi abordado pelos policiais. Com uma fisionomia bem diferente das imagens de arquivo, o traficante ainda tentou escapar do cerco apresentando uma identidade falsa, que logo foi descoberta. Zau usava o nome de Luís Felipe de Lemos Henriques, adotado em Portugal.

Ex-morador de Copacabana, Zau vivia num apartamento com a filha mais nova, de 17 anos, na rua Barão de Mesquita, na Tijuca, a poucos metros do 6º BPM (Tijuca), sem levantar suspeitas. Desde o início do ano, a DRE estava com a missão de tentar capturar o traficante. A ideia de que Zau poderia visitar a mãe numa data especial fez com que quatro agentes fossem até a porta do edifício dela, na rua Carvalho Alvim, no mesmo bairro. Lá, ele acabou capturado.

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Fonte: O Dia
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