O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, um dia após a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que não se pode aceitar que o crime organizado continue atuando no país.
Em uma publicação no X, Lula defendeu a necessidade de um "trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico" sem colocar vidas inocentes em risco.
"Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades", disse o presidente na postagem.
A operação nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte, deixou ao menos 121 mortos, sendo 117 suspeitos e quatro policiais, de acordo com o governo estadual.
Testemunhas da Reuters viram ao menos 60 cadáveres enfileirados na Praça da Penha que, segundo relatos, teriam sido retirados da mata pelos próprios moradores que saíram em busca de parentes após a operação policial iniciada na terça-feira.
Lula também disse que se reuniu nesta quarta pela manhã com ministros e determinou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e ao diretor-geral da Polícia Federal Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que fossem ao Rio para encontro com o governador do Estado, Cláudio Castro (PL).