O deputado Carlos Jordy afirmou ser vítima de "pesca probatória" após ser alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal por suspeita de desvio de cotas parlamentares, negando irregularidades e denunciando uma suposta perseguição política.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) é alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 19, no âmbito da Operação Galho Fraco, que investiga desvio de cotas parlamentares em benefício de uma locadora de veículos, para lavagem de dinheiro. Ele se manifestou nas redes sociais repudiando a ação da PF.
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Segundo Jordy, a filha dele comemora o aniversário nesta sexta, e a família foi surpreendida pela PF às 7h. “Fizeram uma busca e apreensão em mim, mais uma busca-apreensão, aliás, parece que buscam sempre fazer essas diligências contra mim em aniversários de pessoas da minha família”, começou.
O parlamentar, que é alvo da operação junto com o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), além de outros cinco alvos, afirmou que outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra ele nos dias 18 de janeiro de 2024, aniversário de sua mãe, e no dia 19 de dezembro do ano passado, por determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“No dia 18 de janeiro de 2024, fizeram uma busca e apreensão na minha casa. Minha mãe inclusive dormia aqui, era aniversário da minha mãe, alegando que eu teria alguma participação com o 8 de janeiro e pegaram uma foto forjada, que era uma foto, na verdade, de uma pessoa na posse do Bolsonaro e diziam que era do 8 de janeiro", afirmou.
O deputado chamou de “covarde” a ação da PF, que o acusa de usar a cota parlamentar para uma empresa de fachada com aluguel de carros. “Sendo que é a mesma empresa que eu alugo carros desde o início do meu primeiro mandato”, confirmou.
Jordy ainda alegou no vídeo que Sóstenes também usa a mesma empresa para alugar carros desde o início do mandato. “A alegação deles é tosca. Eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos dessa empresa, que aluga para vários outros deputados", disse. “Inclusive, dizendo que as outras empresas têm mais de 20 veículos, e a locação de veículos tem apenas cinco veículos, por isso seria uma empresa de fachada”, continuou.
O parlamentar seguiu dizendo que está sendo vítima de uma tentativa de intimidação e de “pesca probatória", e que não irá se abalar. Segundo Jordy, o endereço de seus pais, idosos, também foi alvo de buscas da PF nesta sexta-feira.
“Nós não vamos nos intimidar, eu não vou baixar minha cabeça pra essa covardia. Isso aqui pra mim vai ser mais um instrumento de ânimo pra enfrentar essa tirania, essa ditadura do judiciário que persegue seus adversários utilizando o aparato da justiça, o aparato público, o aparato estatal", afirmou, prometendo combater esse tipo de ação nas eleições de 2026.