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Boate de sócio da Kiss fecha as portas após 13 anos de atividade

Mesmo apta a funcionar, Absinto Hall, que pertencia a Mauro Hoffmann, encerrou as atividades em Santa Maria

5 mar 2013 - 15h35
(atualizado às 15h39)
Boate emitiu um comunicado nesta terça-feira, anunciando o fechamento
Boate emitiu um comunicado nesta terça-feira, anunciando o fechamento
Foto: Reprodução

A boate Absinto Hall anunciou nesta terça-feira, em seu site oficial, que está encerrando as atividades após 13 anos em Santa Maria. A casa noturna pertence a Mauro Hoffmann, um dos sócios da Boate Kiss presos por envolvimento no incêndio de 27 de janeiro, que deixou 240 mortos. Mesmo com a documentação em dia e com os demais itens regularizados, o estabelecimento não funcionará mais nas dependências do Monet Plaza Shopping.

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"Embora sejamos uma empresa de referência, portadores de um case de 13 anos de sucesso e tendo a sua parte documental completamente de acordo e apta, o Absinto Hall vem por meio deste, anunciar oficialmente o encerramento das atividades", afirmou o comunicado. 

Mauro Hoffmann está preso desde 28 de janeiro, quando se entregou à Polícia Civil, e teve a prisão temporária prorrogada por 30 dias. Na última semana, ela foi convertida em prisão preventiva e ele encontra-se recolhido na área de isolamento da Penitenciária Estadual de Santa Maria.

Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou mais de 230 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

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Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma. 

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

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A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio. 

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

Fonte: Terra
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