URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

PM interrogará investigados por incêndio na Boate Kiss nesta semana

Objetivo é colher informações que ajudem a identificar possíveis crimes praticados por bombeiros e policiais militares no caso

5 mar 2013 - 14h39
(atualizado às 14h44)
<p>Um coração de tecido é colado na placa da rua dos Andradas, a poucos metros da Boate Kiss, em Santa Maria, em homenagem às vítimas do incêndio</p>
Um coração de tecido é colado na placa da rua dos Andradas, a poucos metros da Boate Kiss, em Santa Maria, em homenagem às vítimas do incêndio
Foto: Fernando Diniz / Terra

A Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) pretende interrogar nos próximos dias os quatro suspeitos presos por envolvimento com o incêndio na Boate Kiss, que provocou a morte de 240 pessoas no dia 27 de janeiro em Santa Maria (RS). Segundo o tenente-coronel Flávio da Silva Lopes, responsável pelo Inquérito Policial Militar (IPM), o objetivo é coletar informações que ajudem a identificar possíveis crimes praticados por bombeiros no caso.

Veja quem são as vítimas do incêndio em boate de Santa Maria 

Publicidade

Veja como a inalação de fumaça pode levar à morte 

Veja relatos de sobreviventes e familiares após incêndio no RS

Veja a lista com os nomes das 239 vítimas do incêndio da Boate Kiss

De acordo com o tenente-coronel, a expectativa é de que os suspeitos sejam ouvidos entre hoje e a quarta-feira. Os depoimentos já foram autorizados pela Justiça e serão realizados na Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde os sócios-proprietários da boate, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, e os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, estão presos preventivamente.

Publicidade

Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou mais de 230 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Publicidade

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio. 

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

Publicidade

Fonte: Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se