SP: prefeitura terá que abrigar sem-teto e incluí-los em programas
2 fev2012 - 13h28
(atualizado às 17h12)
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo
A prefeitura de São Paulo divulgou, na tarde desta quinta-feira, uma nota explicando o processo de reintegração de posse feita hoje pela manhã no prédio localizado na esquina da avenida São João com a avenida Ipiranga, no centro da capital. De acordo com o documento, a prefeitura se compromete a oferecer vagas em abrigos municipais e inclusão nos programas habitacionais da cidade, mas nega a obrigação de oferecer moradia para as famílias. De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), nesta quarta-feira, uma decisão judicial suspendeu os efeitos da liminar que obrigava o município a garantir alojamento para as famílias até a efetiva implantação de programas habitacionais que garantam a eles acesso à moradia
A Justiça entendeu que a prefeitura tem obrigação de conceder abrigo às famílias e incluí-las nos programas habitacionais (auxílio aluguel, Parceria Social), mas que é preciso respeitar a ordem de atendimento habitacional, cujos critérios foram aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação.
"Os integrantes da FLM não são os únicos que enfrentam problemas de moradia na cidade. Segundo o Plano Municipal de Habitação, atualmente para aprovação na Câmara, há cerca de 800 mil famílias paulistanas vivendo sob algum tipo de inadequação, seja de posse legal dos seus imóveis, pagando aluguel excessivo em relação a sua renda ou morando em área de risco", disse a prefeitura por meio de nota.
O comunicado foi divulgado após a declaração do coordenador do movimento Frente de Luta por Moradia, Osmar Silva Borges, dizendo que tinha em mãos a liminar que garantia abrigo para toas as famílias. Segundo o líder, a multa diária para o descumprimento da decisão seria de R$ 3 mil.
Para tentar resolver parte do problema habitacional da capital, a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) está desapropriando 50 prédios da região para construir cerca de 2.500 moradias. A concessão urbanística da Nova Luz prevê a construção de mais 3.000 moradias populares.
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Crianças brincaram de pular corda nesta sexta-feira, um dia depois de terem sido expulsas de prédio no centro de São Paulo
Foto: Fernando Borges
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O processo de reintegração de posse do prédio que originou o protesto de hoje ocorreu nesta quinta-feira
Foto: Fernando Borges
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Moradores colocaram colchões no meio da calçada
Foto: Fernando Borges
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Em faixas, moradores mostraram sua indignação
Foto: Fernando Borges
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Aparelhos eletrônicos das famílias ficaram expostos na rua. A ocupação da rua foi a forma escolhida pelos moradores para protestar contra desocupação
Foto: Fernando Borges
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Cerca de 230 famílias de sem-teto foram retiradas do prédio
Foto: Fernando Borges
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Os barracos de madeira foram retirados nesta manhã pela guarda municipal
Foto: Fernando Borges
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Criança brinca com esponja no meio da rua
Foto: Fernando Borges
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Até uma mural de fotos foi colocado em meio aos barracos construídos
Foto: Fernando Borges
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Agentes da Guarda Civil Metropolitana acompanharam a desocupação da calçada pelas famílias que foram expulsas do prédio da avenida São João
Foto: Paduardo
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Moradores desmontando os barracos construídos nesta quinta-feira
Foto: Paduardo
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Homens da prefeitura levaram as madeiras utilizadas para a construção dos barracos
Foto: Paduardo
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Foto: Terra
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Sem-teto retira televisão de prédio durante ação de reintegração de posse no centro de São Paulo
Foto: Mauro Horita
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Crianças ajudaram os pais a esvaziar prédio
Foto: Mauro Horita
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Expulso de prédio, sem-teto se protege de sol sob caixa de papelão
Foto: Mauro Horita
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O grupo promete acampar nas ruas da cidade até que a prefeitura apresente uma proposta de alojamento para as famílias, que afirmam não ter para onde ir
Foto: Mauro Horita
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Os sem-teto não ofereceram resistência à Polícia Militar
Foto: Mauro Horita
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Grande efetivo policial foi mobilizado para o local
Foto: Mauro Horita
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Os cerca de 400 sem-teto, liderados pela Frente de Luta por Moradia, afirmam ter a posse de uma liminar que obriga o poder público a providenciar alojamento e abrigo a todos os moradores de prédios abandonados ocupados por membros do grupo
Foto: Mauro Horita
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O grupo promete acampar nas ruas da cidade até que a prefeitura apresente uma proposta de alojamento para as famílias, que afirmam não ter para onde ir
Foto: Mauro Horita
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Atualmente a Frente de Luta por Moradia ocupa oito prédios na região central de São Paulo. Segundo dados da entidade, são cerca de 4 mil pessoas
Foto: Mauro Horita
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Para tentar resolver parte do problema habitacional da capital, a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) está desapropriando 50 prédios da região para construir cerca de 2,5 mil moradias
Foto: Mauro Horita
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As famílias que ocupavam o prédio da avenida São João foram expulsas do imóvel
Foto: Mauro Horita
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Moradores protestam contra a falta de moradia e a desocupação no centro de São Paulo
Foto: Mauro Horita
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A maioria dos moradores ficaram sem ter para onde ir
Foto: Mauro Horita
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Os moradores colocaram os recados do protesto nas madeiras usadas para construir os barracos
Foto: Mauro Horita
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Família usou a calçada como abrigo após a desocupação
Foto: Mauro Horita
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Desabrigados pegaram tudo o que puderam e se instalaram no meio da rua
Foto: Mauro Horita
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A Guarda Civil Metropolitana (GCM) acompanha as movimentações na região
Foto: Mauro Horita
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Os manifestantes usaram pedaços de madeira para protestar contra a falta de moradia
Foto: Fernando Borges
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Morador construindo barraco na calçada
Foto: Fernando Borges
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Desabrigada, esta idosa ficou na calçada após a chegada dos policiais
Foto: Fernando Borges
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Famílias levaram todos os seus pertences para a rua
Foto: Fernando Borges
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Moradores tiveram que abandonar o prédio
Foto: Fernando Borges
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A polícia não impediu a manifestação
Foto: Fernando Borges
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Moradores construíram barracos de madeira no meio da rua, após a desocupação
Foto: Fernando Borges
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Os moradores foram colocados para fora no início da manhã
Foto: Fernando Borges
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Muitas crianças foram vistas no local da desapropriação
Foto: Fernando Borges
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Ex-morador do prédio deixando o imóvel
Foto: Fernando Borges
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Não houve nenhum tipo de confronto com os policiais militares
Foto: Fernando Borges
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Policial militar verificando as condições do prédio
Foto: Fernando Borges
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Família levando um colchão para a rua
Foto: Fernando Borges
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Policiais aguardando a retirada dos bens dos moradores
Foto: Fernando Borges
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Movimentos sociais protestaram contra a desocupação
Foto: Fernando Borges
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Mulheres e crianças viviam no prédio abandonado
Foto: Fernando Borges
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Famílias deixando o prédio após a chegada dos PMs
Foto: Fernando Borges
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Famílias começaram a deixar o prédio por volta das 7h30
Foto: Fernando Borges
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Moradores do prédio abandonado no cruzamento da avenida Ipiranga com a Avenida São João protestam contra a desocupação
Foto: Fernando Borges
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Moradores amanheceram o dia aguardando a chegada da polícia
Foto: Fernando Borges
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Da sacadas do prédio, os moradores gritam por direito à moradia
Foto: Fernando Borges
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Por volta das 7h, homens da polícia militar chegaram ao local da desocupação
Foto: Fernando Borges
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Moradora decide continuar no prédio antes da chegada dos policiais
Foto: Fernando Borges
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Famílias ocupam os quatro andares do prédio abandonado em um dos cruzamentos mais importantes de São Paulo
Foto: Fernando Borges
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As famílias que ocupam o prédio prometeram acampar na rua após a desocupação
Foto: Fernando Borges
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Ao todo, 400 pessoas que ocupam o um prédio de três andares
Foto: Fernando Borges
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As manifestações são lideradas pela Frente de Luta por Moradia
Foto: Fernando Borges
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De acordo com o líder do movimento, o prédio está ocupado com famílias, envolvendo mulheres e crianças
Foto: Fernando Borges
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O prédio fica em uma esquina imortalizada por Caetano Veloso na música Sampa
Foto: Fernando Borges
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O grupo afirma ter a posse de uma liminar que obriga o poder público a providenciar alojamento e abrigo a todos os moradores
Foto: Fernando Borges
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Osmar Silva Borges, coordenador do movimento, diz que as pessoas que estão no local não têm perfil de moradores de rua
Foto: Fernando Borges
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Ocupantes fazem "panelaço" das sacadas do prédio
Foto: Fernando Borges
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Alguns moradores já se preparam para deixar o local
Foto: Fernando Borges
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O grupo está no local desde o último dia 7 de novembro. Cinco prédios da região foram ocupados na mesma data
Foto: Fernando Borges
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Moradores enviam o recado por meio de uma faixa pendurada na entrada do prédio. "Imóveis vazios têm demais no centro. Falta vontade política para se construir moradia para o trabalhador de baixa renda"
Foto: Reinaldo Marques
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Na parte de dentro, moradores estamparam as regras internas para a convivência, incluindo a proibição do uso de bebidas alcoólicas
Foto: Reinaldo Marques
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Crianças dormem durante a madrugada antes da data prevista para a desocupação
Foto: Reinaldo Marques
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Famílias inteiras moram nos andares do prédio abandonado
Foto: Reinaldo Marques
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Após o abandono, a construção virou alvo de vândalos