PE: irmão do copiloto revela suspeita de problemas mecânicos
13 jul2011 - 10h48
(atualizado às 17h50)
Celso Calheiros
Direto de Recife
Jairo Gonçalves, irmão do copiloto do avião da Noar Linhas Aéreas que caiu no limite entre Recife (PE) e Jaboatão dos Guararapes (PE), Roberto Gonçalves, revelou na manhã desta quarta-feira que aeronaves da companhia registraram recentemente problemas de perda de potência na decolagem. Segundo ele, parte delas estava em manutenção há mais de três meses devido à identificação de falhas. "Meu irmão era experiente e já tinha comentado que a aeronave tinha problemas", comentou.
De acordo com o irmão do copiloto, técnicos da República Tcheca, país onde o modelo foi fabricado, chegaram a visitar a empresa para acompanhar a manutenção. "Agora sabemos que a manutenção não teve sucesso", desabafou.
Jairo ainda relatou que o irmão não deveria estar na aeronave. Conforme ele, Roberto estava de folga nesta quarta, mas atendeu ao pedido de um colega para trocar os dias de folga e trabalhou excepcionalmente. "Ele já tinha mais de duas mil horas de voo", contou.
O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PPS), decretou luto oficial de três dias na cidade em virtude do acidente aéreo. O avião caiu em um terreno baldio pertencente à Aeronáutica no município, com a segunda maior população do Estado, depois da capital.
Gomes afirmou ter ouvido o barulho provocado pelo acidente. No momento da queda, ele concedia entrevistas em uma área próxima ao terreno.
Um avião de pequeno porte que fazia o percurso Recife-Natal caiu, na manhã desta quarta-feira, logo depois de decolar do aeroporto dos Guararapes, na capital pernambucana
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Segundo os bombeiros, nenhum dos 16 passageiros sobreviveu
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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A aeronave caiu em um terreno baldio próximo à avenida Boa Viagem, entre o Recife e o município de Jaboatão dos Guararapes
Foto: Aldo Carneiro
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O avião, com capacidade para 19 passageiros, pertence à empresa aérea regional Noar Linhas Aéreas.
Foto: Aldo Carneiro
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O modelo era um bimotor turboélice, um L-410, também conhecido como LET, usado principalmente para o transporte em pequenas e médias distâncias
Foto: Pancotti
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Para evitar uma possível colisão, o piloto teria virado o avião, batido a asa esquerda no chão e caído
Foto: Pancotti
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Moradores da região afirmaram ter ouvido duas explosões
Foto: Pancotti
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A posição em que o avião caiu, contrária à direção para Natal, indica que o piloto teria percebido problemas
Foto: Aldemir Oliveira
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Fumaça vista de ponto perto do local em que o avião bimotor caiu
Foto: Élida Dias
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O local em que o aviao caiu é usado costumeiramente para instalações de circos que chegam a Recife
Foto: Élida Dias
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O avião caiu em um terreno baldio próximo à avenida Boa Viagem, a cerca de 150 m da praia e a 200 m do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMAR)
Foto: Élida Dias
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Peritos foram ao local analisar os destroços da aeronave
Foto: Celso Calheiros
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Entre as 16 vítimas, 14 eram passageiros e duas, tripulantes
Foto: Teresa Maia/DP/DA-Press
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Em nota, a Noar afirmou que "está muito sensibilizada pelo ocorrido desta manhã", e que garantiria "todo apoio aos familiares
Foto: Teresa Maia/DP/DA-Press
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O Instituto Médico Legal foi ao local para retirar e identificar os corpos das vítimas
Foto: W. Correia Neto
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As causas do acidente serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
Foto: W. Correia Neto
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O avião tinha capacidade para 19 passageiros
Foto: Rodrigo Regueira
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Avião bimotor turboélico caiu em Recife no início da manhã desta quarta-feira
Foto: AP
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Bombeiros, policiais e especialistas fazem vistoria no local do acidente
Foto: Matheus Britto
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Nos últimos cinco anos, o País contabilizou dois acidentes com aeronaves bimotor LET-410. Em ambos os casos, ninguém sobreviveu
Foto: Matheus Britto
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Parentes das vítimas se reuniram no local em busca de informações
Foto: Matheus Britto
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Técnicos da Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes (PE) concluíram às 12h50 desta quarta-feira a retirada dos 16 corpos
Foto: Matheus Britto
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O piloto teria tentado fazer um pouso forçado
Foto: Denio Rodrigues
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Curiosos registram o acidente
Foto: Denio Rodrigues
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Pouco depois de cair um incêndio tomou conta do avião
Foto: Denio Rodrigues
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A empresa Noar Linhas Aéreas começou a operar em junho de 2010 e se especializou em pequenos percursos a preços reduzidos
Foto: Denio Rodrigues
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Imagem do avião registrada em abril de 2011
Foto: Ademir Travensolo
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Diretor de assuntos corporativos e comerciais da Noar, Giovanne Faria, disse avião passou por manutenção
Foto: Aldo Carneiro
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Imagem do avião registrada em 24 de maio de 2011
Foto: Paulo A. Coelho
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A identificação por meio de impressão digital só é possível em casos em que a carbonização não foi total
Foto: Celso Calheiros
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Famílias deixam Hotel Atlântico Plaza, em Recife (PE), onde empresa aérea disponibilizou estrutura para parentes das vítimas
Foto: Aldo Carneiro
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Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE), na região metropolitana da capital pernambucana, recebe dezenas de parentes e amigos de quatro vítimas
Foto: Aldo Carneiro
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Parentes choram no enterro do copiloto da aeronave que caiu na Grande Recife, em cemitério de Paulista (PE)
Foto: Aldo Carneiro
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Caixão do copiloto da aeronave da Noar que caiu na Grande Recife (PE), Roberto Gonçalves, é conduzido com bandeira de Pernambuco
Foto: Aldo Carneiro
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Quatro das 16 vítimas são sepultadas em cemitério de Paulista (PE), na Grande Recife