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"Não se pode dizer que não vai ter rodízio", afirma Alckmin

Governador de São Paulo descarta racionamento de água imediato, mas já prepara plano de contingência

13 fev 2015 - 13h44
(atualizado às 14h20)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira que não está descartado um racionamento de água no Estado, que enfrenta a pior crise de abastecimento de sua história. Durante a campanha eleitoral de 2014, Alckmin insistiu que não haveria rodízio de água em São Paulo - o tucano foi reeleito com 57% dos votos no primeiro turno.

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A declaração de Alckmin foi dada após a primeira reunião do Comitê da Crise Hídrica, que inclui prefeitos da região metropolitana, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e ONGs. No encontro, ficou definida a criação de um plano de contingência que poderá ser colocado em prática em caso de racionamento, priorizando o abastecimento de escolas, hospitais e presídios, por exemplo.

O secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), falam sobre a criação de um plano de contingência contra a falta de água
O secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), falam sobre a criação de um plano de contingência contra a falta de água
Foto: Débora Melo / Terra

Apesar disso, o governador disse acreditar que o plano não será colocado em prática, por conta de obras que estão em curso para aumentar a vazão de água nos principais reservatórios nos próximos meses - "medidas imediatas", segundo Alckmin.

“Embora a gente trabalhe 24 horas por dia para evitar (racionamento), nós teremos um plano de contingência para, no caso de precisar de um rodízio, tê-lo todo preparado como medida de segurança. Mas todos os esforços estão sendo feitos para a gente superar a crise hídrica e o período seco”, disse Alckmin.

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O Comitê deverá se reunir novamente em três semanas, quando poderá ser apresentado o plano. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que também participou da reunião, disse que é necessário que o projeto seja apresentado em 30 dias. “A Sabesp vai ser reunir, mas nós precisamos ter um plano de contingência em 30 dias. Não é algo que seja impossível de realizar”, afirmou Haddad.

Apesar do tom de cobrança, o petista também se disse otimista e disse que a implantação de um rodízio "não interessa a ninguém". “A hipótese de adoção de um rodízio hoje é remota, em virtude das obras que já estão sendo providenciadas”, afirmou. "Ainda que o pior cenário apresentado (de chuvas, prazo de obras e consumo) não exija uma mudança no padrão atual de redução de pressão para o rodízio, nós faremos um plano de contingência. Prepararemos tecnicamente um plano de contingência esperando não usá-lo, por prevenção e garantia", encerrou Haddad.

De acordo com Benedito Braga, secretário de Recursos Hídricos do Estado, a capacidade de abastecimento de água será avaliada semanalmente. Embora tenha descartado o racionamento imediato, ele disse que a situação é grave. "É muito importante que a população entenda a gravidade do momento."

Fonte: Terra
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