Um novo estudo conduzido pelo Ashley Madison, em colaboração com a consultoria YouGov, forneceu dados sobre relacionamento com colegas de trabalho e envolvimento pessoal em um contexto internacional. Os resultados demonstram que o ambiente profissional continua a ser um local para o desenvolvimento de conexões românticas entre colegas.
A pesquisa, que incluiu a população geral de 11 países, entre eles o Brasil, indicou que 31% dos entrevistados já tiveram ou estão atualmente em um relacionamento de natureza romântica com um colega de trabalho. Esta proporção significa que, aproximadamente, uma em cada três pessoas consultadas relatou ter estabelecido relações que transcendem o âmbito estritamente profissional.
A análise segmentada por idade sugere uma maior probabilidade de envolvimento entre indivíduos com idades entre 35 e 44 anos (35%) e entre 45 e 54 anos (34%). Em contrapartida, a faixa etária mais jovem, de 18 a 24 anos, reportou o índice mais baixo de envolvimento, com 23%.
O país que apresentou a maior proporção de indivíduos que declararam ter vivenciado um relacionamento no trabalho foi o México (43%). Este é seguido pela Índia (40%) e pela Suíça (36%). O Brasil e a Austrália compartilham o quarto lugar neste ranking, com 32% de ocorrência. A Alemanha registrou a menor taxa entre as nações pesquisadas, com 23%.
Tammy Nelson, consultora do Ashley Madison, sugeriu que a quantidade de tempo despendida em conjunto no ambiente corporativo contemporâneo funciona como um fator que estimula o estabelecimento de laços pessoais. A consultora mencionou que a proximidade profissional pode tornar menos nítida a distinção entre parceria de trabalho e atração pessoal.
O levantamento também identificou variações baseadas no gênero entre os usuários da plataforma. Cinquenta e um por cento dos homens admitiram ter tido um relacionamento em seu ambiente profissional, enquanto 36% das mulheres relataram o mesmo. Adicionalmente, 20% das mulheres indicaram aversão a se envolver com colegas, proporção significativamente maior do que os 8% de homens que manifestaram essa posição. No entanto, em países como México e Espanha, as mulheres na plataforma lideraram as estatísticas de envolvimento profissional (67% contra 56% dos homens).
O receio de enfrentar consequências no plano profissional ou pessoal é o principal fator que restringe o envolvimento. Ambas as preocupações foram citadas por 28% da população geral como o maior impedimento. As mulheres expressaram maior preocupação com o impacto na carreira (29% contra 27% dos homens), ao passo que os homens demonstraram maior preocupação com desdobramentos de natureza pessoal (30% contra 26% das mulheres). Entre os membros do Ashley Madison, o receio de penalidades profissionais, como demissão ou dano à reputação, é o principal fator inibidor para a busca por relacionamentos secretos.
O estudo também investigou as razões para o cadastro na plataforma. Para 61% dos entrevistados, a principal motivação é o alto nível de confidencialidade proporcionado, e 57% buscam interagir com indivíduos que possuem uma mentalidade similar.
Entre as entrevistadas brasileiras, 45% afirmaram ter utilizado a plataforma com a finalidade de evitar o desenvolvimento de relacionamentos extraconjugais dentro do local de trabalho. Esta tendência de procurar um espaço externo para maior discrição também foi observada no México e na Espanha (33%), bem como em países de língua inglesa (24%).
A pesquisa com os membros da plataforma foi realizada entre os dias 2 e 4 de setembro de 2025, envolvendo 3.550 participantes. O levantamento com a população geral foi conduzido online pela YouGov Plc, entre 26 de agosto e 9 de setembro de 2025, com 13.581 adultos em 11 nações.