Bolsonaro adiciona mais uma fala homofóbica à lista; relembre todas

Durante evento evangélico, presidente defendeu modelo de família único, composto por “homem, mulher e prole”.

14 jul 2022 - 12h19
Não é a primeira vez: várias frases de Bolsonaro podem ser enquadradas no crime de homofobia
Não é a primeira vez: várias frases de Bolsonaro podem ser enquadradas no crime de homofobia
Foto: Foto: Adriano Machado/REUTERS

Na noite da última quarta-feira (13), em Imperatriz (MA), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso carregado de expressões homofóbicas e transfóbicas durante cerimônia evangélica, onde recebeu comenda.

Bolsonaro defendeu que o modelo de família que ele acredita é composto por "homem, mulher e prole".

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"O que nós queremos é que o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda. A Mariazinha seja Maria a vida toda, que constituam família, que seu caráter não seja deturpado em sala de aula", declarou o presidente, mais uma vez fazendo alusão à fake news da "ideologia de gênero", conceito que seria ensinado em classe mas que não existe.

A fala do presidente em Imperatriz – cidade onde ele tem forte apoio, graças à comunidade evangélica – além de ser preconceituosa é também transfóbica.

Não é a primeira vez que Jair usa frases carregadas de preconceito em discursos para apoiadores.

Durante um programa da TV Câmara, em novembro de 2010, Bolsonaro disse “o filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro ele muda o comportamento dele”.

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Em 2011, ele declarou que seria incapaz de amar um filho homossexual. “Prefiro que um filho meu morra aqui”.

Anos depois, em 2019, durante entrevistas com jornalistas, o presidente afirmou: "Quem quiser vir aqui [ao Brasil] fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. O Brasil não pode ser um país de turismo gay. Temos famílias".

LGBTfobia é crime. Saiba como denunciar 

LGBTfobia é crime, com pena prevista de até 5 anos de prisão. Ao presenciar um episódio de LGBTfobia, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100, número do Disque Direitos Humanos. Também é possível fazer um boletim de ocorrência presencialmente ou online.

Fonte: Redação Nós
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