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Lula veta abatimento de Imposto de Renda para investimentos em jogos brasileiros

Presidência afirma que medida criaria renúncia de receita e cita falta de um estudo que mostre o impacto no orçamento

7 mai 2024 - 16h17
Resumo
O presidente Lula vetou um trecho do Marco Legal dos Games devido a renúncia de receita exigida, alegando a necessidade de um estudo que estime o impacto orçamentário financeiro.
Veto do Presidente Lula em dispositivo do Marco Legal dos Games impede abatimento do IR para empresas estrangeiras que investirem em jogos brasileiros
Veto do Presidente Lula em dispositivo do Marco Legal dos Games impede abatimento do IR para empresas estrangeiras que investirem em jogos brasileiros
Foto: Reprodução / Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Na última sexta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com um veto a lei que cria o Marco Legal dos Games. Foi retirado do texto um dispositivo o qual permitia abater 70% do Imposto de Renda para empresas estrangeiras que enviassem dinheiro para fora do Brasil, desde que investissem em jogos feitos no Brasil.

A justificativa para o veto, que foi publicado na última segunda-feira (6) no Diário Oficial da União, diz que a medida criaria uma renúncia de receita sem a apresentação de um estudo que estime o impacto orçamentário financeiro, o que seria inconstitucional. Ainda segundo o que foi informado, o presidente Lula seguiu recomendações dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, além da Advocacia-Geral da União (AGU) para realizar o veto.

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"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa criaria renúncia de receita sem a apresentação da correspondente estimativa do impacto orçamentário e financeiro exigida pelo art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de modo a padecer de inconstitucionalidade, sem instituir medidas de compensação, sem prever prazo máximo de vigência de cinco anos e sem apresentar demonstrativo do impacto orçamentário e financeiro para os exercícios financeiros de 2024, 2025 e 2026, em descumprimento do disposto no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal e nos art. 132, art. 133 e art. 142 da Lei nº 14.791, de 29 de dezembro de 2023 - Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024", diz a explicação para o veto.

De acordo com o que disse Rodrigo Terra, presidente da  Associação Brasileira de Empresas Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), ao site The Gaming Era, o veto “não era esperado” e ocorreu “por falta de alguma informação”. Além disso, ele informou que a entidade está “trabalhando para esclarecer quaisquer ponto que possa ter ficado aberto e trabalhar no legislativo se assim for preciso”.

“O próximo passo da Abragames é questionar o veto e ajudar o Congresso Nacional com as informações necessárias para que possamos debater sobre ele”, disse Terra. “Mas isso não tira a importância que o Marco tem, com certeza”.

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Márcio Filho, presidente da Associação de Desenvolvedores de Jogos Digitais do Estado do Rio de Janeiro (RING), disse também ao The Gaming Era que o trecho do Marco Legal dos Games que foi vetado era “uma das formas de sustentabilidade econômica do projeto” e deveria ser mantido, e que agora a associação deve “reforçar o diálogo para esclarecer os fundamentos, propostas e viabilidades em defesa da manutenção do texto completo, para resguardar o desenvolvimento do setor”.

Fonte: Game On
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