Coletiva: Diniz valoriza desempenho do Vasco e projeta decisão aberta no Maracanã

Treinador destaca solidez defensiva, entrega coletiva e atuação de Coutinho após empate sem gols contra o Corinthians na primeira partida da final da Copa do Brasil

18 dez 2025 - 03h12
(atualizado às 03h12)
Photo by Lucas Figueiredo/Getty Images
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Foto: Esporte News Mundo

O Vasco deixou a Neo Química Arena com um empate sem gols diante do Corinthians, na noite desta quarta-feira, mas a sensação interna foi de competitividade e controle. Apesar do placar zerado, o técnico Fernando Diniz avaliou de forma positiva a atuação da equipe carioca no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, ressaltando a organização tática, o comprometimento defensivo e a postura madura dos jogadores em um cenário de alta pressão.

A partida teve poucas oportunidades claras para ambos os lados, característica comum em decisões, mas o Vasco conseguiu se impor em diversos momentos, especialmente ao neutralizar as principais virtudes ofensivas do adversário. Para Diniz, o resultado não gera frustração nem euforia excessiva, já que a disputa permanece completamente aberta para o duelo decisivo, marcado para domingo, às 18h, no Maracanã, onde os vascaínos buscam o bicampeonato e os corintianos tentam o tetra.

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Solidez defensiva e obediência tática como marcas do jogo

Na análise do treinador, o desempenho coletivo do Vasco foi um dos pontos altos da noite em São Paulo. Diniz classificou a atuação defensiva como a melhor desde que assumiu o comando da equipe, destacando a disciplina e a entrega de jogadores que, mesmo com perfil ofensivo, aceitaram o sacrifício em prol do equilíbrio do time. A estratégia funcionou ao limitar as ações do Corinthians, que costuma ser mais agressivo atuando em casa.

Segundo o técnico, o mérito pela falta de chances claras do adversário passa diretamente pela postura do Vasco em campo. A recomposição rápida, o controle dos espaços e a leitura correta dos momentos do jogo impediram que o Corinthians explorasse sua criatividade habitual. Ainda assim, Diniz reconheceu que houve margem para evolução quando a equipe teve a posse da bola, especialmente na circulação e na aceleração das jogadas ofensivas, algo que já foi executado com mais fluidez em partidas recentes.

Mesmo com essas observações, o comandante cruz-maltino fez questão de frisar que não viu ansiedade exagerada ou deficiência técnica relevante. Para ele, fatores externos, como o tipo de gramado da Neo Química Arena, influenciaram decisões e execuções em lances de transição. Em sua visão, em um campo com características diferentes, o Vasco poderia ter aproveitado melhor alguns contra-ataques e situações promissoras construídas ao longo do confronto.

Coutinho, liderança silenciosa e entrega além da técnica

Entre os destaques individuais, Philippe Coutinho recebeu elogios enfáticos de Fernando Diniz, não apenas pela criatividade demonstrada em campo, mas principalmente pelo comprometimento ao longo da temporada. O treinador revelou detalhes de bastidores que reforçam a importância do meia para o grupo, citando momentos em que o jogador atuou mesmo lesionado, movido pela vontade de ajudar a equipe em fases decisivas.

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Diniz ressaltou que a postura de Coutinho foi determinante para o funcionamento do meio-campo, permitindo que jogadores como Cauan Barros e Thiago Mendes tivessem maior liberdade para exercer suas qualidades. A ajuda constante na marcação e a leitura inteligente dos espaços evitaram que os volantes ficassem expostos diante de um adversário tecnicamente qualificado. Além disso, o treinador destacou a intensidade física do camisa 11, frequentemente entre os atletas que mais correm durante as partidas.

Essa entrega coletiva também explica, na avaliação do técnico, o bom rendimento de outros nomes do setor ofensivo, como Rayan, Nuno e Gomez, que contribuíram significativamente sem a bola. Para Diniz, o equilíbrio apresentado pelo Vasco nasce justamente dessa compreensão de que finais exigem mais do que talento, pedindo disciplina, concentração e espírito de equipe do primeiro ao último minuto.

Decisão no Maracanã e confiança no apoio da torcida

Com o empate em São Paulo, a final da Copa do Brasil será decidida no Maracanã, onde quem vencer levanta o troféu, enquanto um novo empate leva a disputa para os pênaltis. Diniz acredita que o cenário será diferente, mas não imagina uma mudança radical na postura do Corinthians. Para ele, o Vasco precisará repetir o nível de concentração e, se possível, melhorar a eficiência com a bola para transformar o bom desempenho em resultado.

O treinador também fez questão de convocar a torcida vascaína, confiante de que o estádio estará lotado e empurrará o time durante os 90 minutos. Segundo ele, jogar em sintonia com os torcedores pode ser um diferencial em um confronto tão equilibrado, especialmente em um palco que considera ideal pelas condições do gramado e pela atmosfera que proporciona.

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Assim, o Vasco chega à decisão respaldado por uma atuação consistente fora de casa e por um discurso de confiança serena. Sem triunfalismo, mas também sem receio, Fernando Diniz aposta na continuidade do trabalho e na força coletiva para buscar o título diante de sua torcida e coroar uma campanha marcada por ajustes, entrega e evolução ao longo da competição.

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