Superintendente diz que proibiu cessão de camarote do São Paulo e nega ter recebido dinheiro

Citado em áudio que revelou esquema de venda clandestina, Marcio Carlomagno

16 dez 2025 - 10h56

Marcio Carlomagno, superintendente geral do São Paulo, citado em um áudio que revelou esquema de comercialização clandestina de camarote do MorumBis em dias de shows, deu a sua versão sobre o episódio nesta segunda-feira. O caso foi veiculado em reportagem do GE. Em entrevista concedida em uma sala do estádio são-paulino, ele demonstrou sua indignação.

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"Meu sentimento é de revolta e tristeza. Basicamente é isso. Meu sentimento é esse hoje", afirmou Carlomagno acompanhado de dois advogados do departamento jurídico do clube e ainda dois profissionais da equipe de comunicação.

Esquema de venda ilegal de camarotes veio à tona no São Paulo.
Esquema de venda ilegal de camarotes veio à tona no São Paulo.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

O áudio revela esquema de diretores do São Paulo para a venda ilegal de um espaço no estádio tricolor na apresentação da cantora colombiana Shakira. Segundo informações do GE, Douglas Schwartzmann, diretor adjunto de futebol de base do São Paulo, e Mara Casares, ex-esposa do presidente Júlio Casares e diretora feminina, cultural e de eventos, disseram que a utilização do camarote foi feita de maneira "não normal" e que "todo mundo ganhou" com o caso.

"Não ganhei dinheiro. A única coisa que ganhei foi um grande problema para a gente resolver", disse. Carlomagno disse, na entrevista, que disponibilizou o camarote da presidência à Diretora Feminina, a pedido de Mara Casares, mas afirmou que ela não tinha autorização para comercializar o local.

Ele disse que descobriu a comercialização ainda no dia do show por causa de uma confusão sobre ingressos com a empresa que havia adquirido o espaço. Por conta desse fato, proibiu a cessão daquele camarote nos outros eventos que aconteceram no MorumBis em 2025.

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O superintendente disse à reportagem que o seu nome foi relacionado pelos diretores na gravação de forma indevida e afirmou que nada do que foi publicado até o momento implica em deixar a sua função no clube.

"Sou um funcionário de carreira aqui. Não sou um ente político. Sou um funcionário de alto escalação que vem trabalhando de forma incessante, insana para que o São Paulo consiga o superávit, chegue a uma receita deu 1 bilhão e diminua o endividamento. Fizemos varias ações para que o clube melhorasse a governança. Se, em algum momento, algo respingar em mim diretamente, eu sou o primeiro a pedir a licença do cargo. Mas, no momento, não tem. É um áudio em que eu sou citado, não vou nem falar que sou vitima, porque vitima é o São Paulo. Mas é um áudio no qual eu sou citado e tenho o entendimento que usaram meu nome como ferramenta de pressão", afirmou.

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