O ambiente político do São Paulo atravessa um dos momentos mais turbulentos de 2025. Denúncias recentes envolvendo supostos pagamentos irregulares a dirigentes em negociações de jogadores aumentaram a pressão interna e ampliaram o desgaste da atual gestão.
Diante desse cenário, setores da oposição avançaram formalmente para tentar afastar o presidente Julio Casares do comando do clube.
Oposição reúne assinaturas e aciona o Conselho Deliberativo
Grupos contrários à atual administração conseguiram reunir apoio suficiente para protocolar um pedido oficial de convocação de sessão extraordinária no Conselho Deliberativo. Ao todo, foram coletadas 57 assinaturas, incluindo 13 conselheiros que integram a base governista, o que reforça a gravidade do movimento político interno.
O documento solicita a abertura de debate sobre a possível destituição do presidente são-paulino, ampliando o clima de instabilidade nos bastidores do Morumbi.
Número mínimo foi superado após articulação interna
A movimentação da oposição vinha sendo articulada há dias e dependia de, no mínimo, 50 assinaturas para ser formalizada. Esse patamar foi superado no início da semana, permitindo que o pedido fosse oficialmente registrado dentro dos trâmites estatutários do clube.
A adesão de membros ligados à situação foi considerada decisiva para destravar o avanço do processo.
Conselho tem prazo para convocar sessão decisiva
Com o protocolo realizado, o Conselho Deliberativo do São Paulo dispõe agora de até 30 dias para convocar a reunião extraordinária. Caso a sessão seja marcada, o futuro de Julio Casares dependerá do resultado da votação.
Para que o afastamento seja aprovado, a oposição precisará obter apoio de dois terços dos conselheiros presentes, o que representa um desafio elevado, mas não descartado diante do atual contexto político do clube.