Enquanto planeja a próxima temporada, o São Paulo enfrenta um cenário de instabilidade extracampo. O ambiente entre o CT da Barra Funda e o MorumBIS é de tensão, dividindo o foco do clube entre as investigações de corrupção e a busca por reforços.
A crise estourou após a denúncia de um esquema de exploração clandestina em camarotes do estádio em dias de shows. O reflexo imediato foi o pedido de licença dos diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares.
Na última quarta-feira (17), durante reunião do Conselho Deliberativo para discutir o orçamento de 2026, o presidente Julio Casares e seus aliados foram cobrados pela expulsão dos envolvidos, reforçando pedidos já protocolados por conselheiros da oposição — e até mesmo pelo grupo do próprio presidente.
Do lado de fora, a torcida protestava pela expulsão e precisou da intervenção da Polícia Militar para garantir a segurança. Agora, o Ministério Público de São Paulo solicitou a abertura de um inquérito policial. Internamente, o clube instaurou duas sindicâncias para investigação própria. A Comissão de Ética aguarda esses relatórios para definir o futuro político dos acusados.
Apesar disso, o departamento de futebol tenta manter a normalidade. O foco está no reforço do elenco comandado por Hernán Crespo. A negociação mais próxima de um desfecho é a do volante Danielzinho, do Mirassol. A expectativa é que o atleta assine até o fim de 2027, com anúncio oficial nos próximos dias.
Além disso, o Tricolor projeta uma movimentação ousada no mercado nacional. O clube negocia uma troca com o Botafogo, que envolveria a ida de Ferraresi, Pablo Maia e Rodriguinho para o Rio de Janeiro. Embora os nomes pretendidos pelo São Paulo na transação ainda sejam mantidos em sigilo, a manobra indica uma reformulação profunda na equipe para a próxima temporada.
