Petros nega que devolverá salários se São Paulo cair

Volante diz que não fez nenhuma promessa aos torcedores de abrir mão do que recebe no São Paulo em caso de rebaixamento e se posiciona como xerifão dos jovens do elenco

21 set 2017 - 06h46
(atualizado às 08h30)

Na semana passada, surgiu um rumor entre são-paulinos de que Petros, na reunião do elenco com torcedores no CT da Barra Funda, disse que devolveria os salários que recebeu se o clube for rebaixado no Campeonato Brasileiro. Mas o volante, embora confie na recuperação do time, nega ter feito a promessa. E avisa que não é por nenhuma razão financeira que a equipe vive a situação em que está.

- Isso foi um mal-entendido. Eu não me pronunciei na reunião. E acho, também, que esse não é o fator principal. Se o problema para sair da zona de rebaixamento e ficar livre fosse dinheiro, estava mais do que resolvido. Mas não foram palavras minhas.

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A respeito do encontro com membros de organizada, sócios-torcedores e sócios do Tricolor, o combinado é de que ninguém do time fale sobre o que foi falado. Mas as informações são de que quem se pronunciou em nome da equipe foram Hernanes e Lugano, não Petros, como relata o volante.

Mas o camisa 6 avalia como positiva a conversa ocorrida na semana passada, já que o intuito era ajudar o time que ocupou a zona de rebaixamento em 12 das 24 rodadas do Campeonato Brasileiro. Petros, contudo, diz que essas reuniões com torcedores não são a solução para eliminar de vez o risco de o clube jogar a Série B nacional pela primeira vez em sua história.

- Os torcedores que vieram representaram os 25 milhões de torcedores que nos apoiam por todo o mundo. Tudo que for positivo e para somar nesse momento tão difícil é bem-vindo. Ficamos muito felizes. Se essa for a fórmula, que venham toda a semana para podermos vencer. Mas sabemos que não é isso. É trabalho, dedicação, persistência, e seremos coroados se trabalharmos muito bem.

Comprado por R$ 9,2 milhões do Betis, da Espanha, em junho, Petros tem apenas 14 jogos pelo clube, mas rapidamente se tornou um líder no elenco. No domingo, por exemplo, logo após o triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória, fez questão de responder ao zagueiro Kanu, do time baiano, que tinha falado em "atropelar o São Paulo". Uma mostra da faceta de xerifão que o volante tem adotado.

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- É um momento complicado, tento ajudar como posso. Às vezes, não pode ser tecnicamente, mas na entrega, na vontade, na dedicação, no comprometimento 100% ao clube. O grupo todo tem esse papel, mas é claro que temos um grupo jovem e é uma decisão nossa. Saio e dou a cara para bater pelos meninos, e não vejo nenhum problema nisso. Até sair dessa situação, cada um defende o seu. Eu defendo o São Paulo. Se tiver que dar minha vida, eu dou para poder vencer e sairmos dessa.

Com esse espírito, o São Paulo recebe o líder Corinthians, às 11h de domingo, com mais de 50 mil ingressos já vendidos para a partida no Morumbi - haverá torcida única, como vem ocorrendo em todos os clássicos paulistas desde o ano passado. O Tricolor ocupa a 17ª posição, com 27 pontos, e tem chances de terminar a rodada não só fora da zona de rebaixamento, mas na faixa da tabela que dá vaga na Copa Sul-Americana de 2018.

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