Trunfo em 2016, defesa do Palmeiras foi frágil em 2017

Com números piores do que na temporada passada, sistema defensivo do Verdão sofreu com os três técnicos que passaram pelo clube

11 dez 2017 - 07h57
(atualizado às 08h19)

Se houve algo que definitivamente não funcionou no Palmeiras neste ano foi o sistema defensivo. E não se pode dizer que esse problema foi culpa de um dos três técnicos que o time teve durante a temporada. Os insucessos vieram sob o comando de Eduardo Baptista, Cuca e Alberto Valentim, mostrando ser algo crônico que não repetiu os acertos do ano passado.

Sistema defensivo do Verdão não repetiu a eficiência apresentada no Brasileirão-2016 (Foto: Agência Palmeiras)
Sistema defensivo do Verdão não repetiu a eficiência apresentada no Brasileirão-2016 (Foto: Agência Palmeiras)
Foto: Lance!

Não foi fácil para o torcedor palmeirense superar e entender o que houve nas cinco partidas de 2017 em que o time levou três gols ainda no primeiro tempo. Essa façanha às avessas aconteceu diante da Ponte Preta, na semifinal do Paulistão (derrota por 3 a 0), diante do Cruzeiro, na Copa do Brasil (empate em 3 a 3), diante do Corinthians (derrota por 3 a 2), diante do Vitória (derrota por 3 a 1) e diante do Atlético-PR (derrota por 3 a 0), as últimas três no Brasileirão.

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Com todos esses problemas o Verdão terminou a temporada com 73 gols sofridos em 66 jogos oficiais, média de 1,11 por confronto. A estatística deixa o Palmeiras muito atrás dos clubes brasileiros com mais sucesso neste ano: Corinthians, Grêmio e Cruzeiro, todos eles com menos de um gol sofrido por jogo.

Se compararmos esse dado com o do ano passado, o Alviverde caiu de produção, uma vez que, em média, sofreu 0,95 tento por duelo, no entanto os números ficam mais absurdos na comparação de uma temporada para a outra quando análise fica apenas no Brasileirão.

Como se não bastasse ter a pior defesa entre os primeiros colocados da competição, com 45 gols sofridos, viu sua rede ser balançada em 13 oportunidades a mais do que na edição anterior. O interessante é observar que, de acordo com os dados fornecidos pelo Footstats, o Palmeiras foi o time que, em média, menos sofreu finalizações no Brasileirão: 9,7 por partida.

O problema é que a equipe precisou, também em média, levar apenas 8,2 chutes até ser vazado, o que dá ao Verdão a quarta posição no ranking dos times que mais facilmente levaram gols no campeonato, ou seja, a defesa se mostrou frágil, apesar de ser pouco ameaçada. Vale lembrar que no meio da temporada Cuca chegou a colocar Jailson como titular no lugar de Fernando Prass, que acabou voltando para o gol palmeirense, após lesão de seu colega.

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No Brasileirão de 2016, o Palmeiras foi o segundo que menos sofreu finalizações contra a sua meta: 10 por jogo, atrás apenas da Ponte Preta, com 9,6. Apesar de em 2017 também ter ficado entre as defesas menos ameaçadas, na edição anterior foi o quarto que mais demorou para levar gol. Precisou de 11,8 chutes até ser vazado. Números que mostram menor vulnerabilidade do sistema defensivo.

Para 2018, além de ter um novo treinador, o Verdão reformulou seu lado esquerdo da defesa contratando Diogo Barbosa e trazendo de volta Victor Luis, os dois vão substituir Zé Roberto, aposentado, e Egídio, que não teve seu contrato renovado. Outro nome contratado para o setor defensivo foi o zagueiro Emerson Santos, que deve disputar posição com Mina, Edu Dracena, Juninho, Luan, Antonio Carlos e Thiago Martins. Quem também ainda pode chegar para integrar a defesa é o goleiro Wéverton, do Atlético-PR.

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