Aos 33 anos, Alexandra Nascimento disputa seu quarto Pan e luta por mais uma medalha dourada – em todas as outras edições com a atleta, a equipe nacional saiu com o ouro. No entanto, muita coisa mudou desde então. Pela primeira vez em sua vida, a brasileira entrou em quadra para uma estreia em Pan tendo ganhado um Mundial da modalidade durante um ciclo olímpico. Não à toa, o esporte atraiu grande quantidade de imprensa nacional em Toronto. E até as adversárias foram assediar as brasileiras após a partida.
“É legal, porque quando nós estávamos na Vila elas (portorriquenhas) olharam para a gente com aquele arzinho de “é, vamos jogar contra vocês’. E a gente normal, fica séria. Só que foi acabar o jogo que já começaram a pedir: ‘foto, foto, foto’. Então, é, acabou o jogo, desconectou um pouco e começaram a assediar. É bem legal isso”, disse Alexandra Nascimento ao Terra , após a vitória por 38 a 21.
Velas ou belas? Praia do Pan vira arquibancada de competição
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O episódio fica ainda mais curioso para as atletas nacionais pela inversão de papéis que ocorreu em suas carreiras. Antes, eram as brasileiras que paparicavam norueguesas e dinamarquesas atrás de fotos, autógrafos e dicas. Agora não mais: a Seleção Brasileira conseguiu tamanho respeito que são personalidades na modalidade.
“Antes nós tínhamos essa admiração com Noruega, Dinamarca, agora é a mesma coisa , relatou Daniela Piedade. “A gente chegava e a primeira coisa que a gente queria era tirar foto, perguntar algumas coisas (para dinamarquesas e norueguesas”, adicionou Alexandra Nascimento, que ainda contou que o assédio vai além da simples foto e autógrafo.
“Nós temos que assumir essa responsabilidade, quanto antes a gente assumir é melhor para o nosso handebol, para a nossa vida e para elas (portorriquenhas), porque elas também têm dúvidas. Quando a gente comenta que treina de manhã e à tarde, já treinei três períodos por dia na minha vida, elas olham e acham um absurdo. Então elas têm que saber o que têm que fazer, porque já fomos iguais a elas um dia, já perdemos de 10, de 15, de 20 gols de outras seleções e hoje atingimos um nível que é possível elas chegarem também”, explicou.
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Praia urbana em Toronto conta com belas de biquíni tomando sol em meio a parentes de velejadores na torcida por medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2015
Foto: Osmar Portilho
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Praia urbana em Toronto conta com belas de biquíni tomando sol em meio a parentes de velejadores na torcida por medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2015
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De goleadas antigamente, o Brasil fez bonito na estreia do handebol, com vitória por 38 a 21. Os 17 gols de diferença, no entanto, só foram conseguidos na reta final do jogo – até o fim do primeiro tempo a partida era complicada e tirava o técnico Morten Soubak do sério.
Fonte: Terra