O Peñarol quer manter o atacante Matías Arezo para a próxima temporada e já sinalizou ao Grêmio que deve formalizar uma oferta nos próximos dias. Inicialmente, o clube uruguaio pretende renovar o empréstimo do centroavante por mais um ano. Para isso, planeja investir cerca de 400 mil dólares (R$ 2,2 milhões) na negociação. Com essa estratégia, o Carbonero busca preservar a opção de compra fixada em quatro milhões de dólares (R$ 22 milhões).
Em conversas anteriores, o Grêmio demonstrou abertura para avançar nas tratativas, desde que o Peñarol cedesse um jogador por empréstimo. Nesse contexto, o clube gaúcho sugeriu o zagueiro Nahuel Herrera, de 21 anos, mas a proposta foi recusada. Embora os uruguaios admitam emprestar um atleta ao Tricolor, descartam envolver Herrera, já que avaliam uma possível venda direta do defensor ao futebol europeu por cerca de oito milhões de euros (R$ 51 milhões).
Enquanto isso, Arezo se readaptou rapidamente ao futebol uruguaio e não demonstra interesse em retornar ao Brasil. Sem condições financeiras de arcar com a compra definitiva, o Peñarol vê a renovação do empréstimo como a única alternativa viável. Caso não haja acordo, o cenário mais provável é a reapresentação do atacante ao Grêmio.
Bom momento no futebol uruguaio
Desde que voltou ao Uruguai, Arezo reencontrou o bom momento. Na segunda metade de 2025, ele marcou 12 gols e distribuiu quatro assistências em 24 partidas. Em uma eventual venda definitiva, o pagamento seria feito em cinco parcelas de 900 mil euros, com a primeira quitada logo após a ativação da cláusula de compra.
Além das negociações esportivas, o Grêmio também enfrenta pendências financeiras. A antiga diretoria aceitava reduzir os valores para acelerar o acordo, já que precisava cumprir um compromisso com o Boston River, clube formador de Arezo, que tem direito a 50% de uma futura venda. Como o Tricolor não repassou ao clube uruguaio a parte referente aos 400 mil dólares recebidos pelo empréstimo ao Peñarol, o Boston River acionou a Fifa, e o Grêmio acabou punido com um transfer ban.
Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.