Atual campeão olímpico nas argolas, o ginasta Arthur Zanetti não exclui a possibilidade de defender outro país. O atleta, que nasceu e treina em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, reclamou da falta de apoio em entrevista veiculada neste domingo pela TV Globo.
“Estamos bem atrás da estrutura, por exemplo, da Bélgica. A cada esquina de lá tem ginásio ou escolinha de alto rendimento”, disse Zanetti. Ele afirma que não viu melhoras na estrutura para treinamentos apesar de sua conquista nas argolas na Olimpíada de Londres, em 2012.
“Se surgir uma oportunidade e legal para mim e meu grupo de profissionais, eu saio para competir por outro país”, prosseguiu. “Eu faria isso de coração partido, porque sou brasileiro, gosto de ser brasileiro. Mas o Brasil não está me dando o que estou precisando no momento. O que eu mereço. E se algum outro país me der o que mereço, paciência. Com certeza, será de coração partido, mas preciso pensar no meu futuro também”, completou Zanetti, 23 anos, que é treinado por Marcos Gotto.
Segundo as regras da Federação Internacional de Ginástica (FIG) e do Comitê Olímpico Internacional (COI), um ginasta que já representou um país pode obter uma cidadania estrangeira e passar a representar outro país imediatamente, com a permissão das duas federações. Se não houver acordo, o Comitê Executivo da Federação pode garantir a transferência de nacionalidade dentro do prazo de um ano.
