'Podem mandar o avião embora': torcida do Fluminense em Copacabana provoca rivais após classificação

Tricolor vence a Inter, garante vaga nas quartas da Copa do Mundo de Clubes e vira único carioca vivo no torneio da Fifa

30 jun 2025 - 19h59
(atualizado às 20h15)
Torcedores do Fluminense mandam recado para rivais após classificação: 'Pode ir embora'
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O Fluminense se classificou para as quartas de final do Mundial de Clubes ao vencer a Inter de Milão por 2 a 0, nesta segunda-feira, 30, e foi o único time do Rio de Janeiro a avançar no torneio da Fifa. A vitória, com gols de Germán Cano e Hércules, foi comemorada com euforia pela torcida nas areias de Copacabana e serviu também de combustível para provocações contra os rivais Botafogo e Flamengo, já eliminados.

“Falaram que eles estavam esperando a gente pra dividir o avião. Eu logo falei que podia mandar embora. A gente fica”, disse Vitor Santarolli, barbeiro. torcedor tricolor que acompanhou o jogo no evento da Fifa Fan Zone, montado na orla carioca.

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Cano fez o primeiro gol da partida
Cano fez o primeiro gol da partida
Foto: Reprodução/X/@fifaworldcup_pt

O bordão do “avião de volta” surgiu após as eliminações de Flamengo e Botafogo mas oitavas. Nesta segunda, o clima entre os tricolores era de cautela no início, mas a vitória contra a Inter mudou o tom nas arquibancadas montadas na praia.

A segunda-feira teve dificuldades logísticas para quem queria acompanhar o jogo em Copacabana. A bola rolou às 16h, e o público só começou a encher o espaço com o apito inicial. Trinta minutos antes do jogo, a Fan Zone ainda tinha presença tímida de público. O receio vinha também do desempenho dos rivais cariocas, o que esfriou o otimismo entre os tricolores.

Mesmo assim, a rivalidade foi levada à praia. Gabriel Pastor, torcedor do Botafogo, foi ao evento vestindo a camisa da seleção da Alemanha, em alusão à eliminação do Flamengo para o Bayern de Munique. “Isso aqui é pra provocar o Flamengo. Ontem, eu sequei, mas hoje vou torcer pro Fluminense. Vai ser um a zero na prorrogação”, afirmou o estudante.

Mas não houve necessidade de tempo extra. Cano marcou logo aos 2 minutos de jogo, em seu 200º jogo com a camisa tricolor. O argentino aproveitou cruzamento desviado de Arias e fez 1 a 0. O segundo gol veio nos acréscimos do segundo tempo, com Hércules, após erro da zaga italiana em uma lateral cobrada por Samuel Xavier.

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Durante o jogo, a torcida no Rio viveu momentos de tensão. Um gol de Ignácio foi anulado ainda no primeiro tempo, e as reclamações contra a arbitragem vieram em coro, com gritos de ‘ladrão!’ ecoando na praia, como se pudessem atravessar os 4.710 km que separam Charlotte, nos EUA, do Rio de Janeiro.

A Inter de Milão teve chances de empatar. Mkhitaryan, Dimarco, Lautaro e De Vrij ameaçaram o gol de Fábio em várias oportunidades. Um dos lances mais perigosos foi uma finalização de Lautaro Martínez que explodiu na trave.

No intervalo, os torcedores mantinham os pés no chão. Não havia clima de comemoração antecipada. Quando o segundo tempo se mostrou tenso, os tricolores recorreram ao tradicional canto “A bênção João de Deus”, entoado em momentos de aflição.

Com o apito final, a vibração foi intensa. O Fluminense virou o único representante do Rio ainda vivo na Copa do Mundo de Clubes, enquanto Flamengo e Botafogo já voltaram para casa.

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“O vermelho e preto é freguês. O único do Rio representando o Brasil é o Fluminense Futebol Clube. O resto é clube de regata”, disparou o porteiro Jean Ferreira.

“É um prazer imenso ser o único carioca representando o Rio de Janeiro. O Fluminense é amor, é garra, é paixão. Tem que ser muito apaixonado. E nós vamos pra cima do Manchester City e vamos ganhar. Quem secou, não adiantou. E com certeza o Fluminense vai ser campeão”, disse Rafael Alves, estudante de Mesquita.

O Fluminense agora aguarda o vencedor de Manchester City x Al-Hilal, que se enfrentam ainda nesta segunda-feira. A equipe de Renato Gaúcho também assegurou mais R$ 71 milhões em premiações com a vaga.

Nas redes sociais, o clube aproveitou o momento para provocar. Reeditou o bordão “jogamos de igual para igual”, usado por flamenguistas em outras edições do Mundial após derrotas, com um detalhe: o Fluminense venceu.

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Na praia, o pedido foi para que a festa não terminasse:

“O Eduardo Paes como vascaíno tem que decretar feriado amanhã. Esquece, é o Fluminense", finalizou Edson Mustrangi, autônomo.

Fonte: Redação Terra
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