Dentro do esquema de segurança para o jogo entre Brasil e Espanha pela final da Copa das Confederações, a polícia militar colocou um "caveirão" na esquina da avenida Maracanã com a rua Professor Eurico Rabelo, em frente ao Estádio Maracanã. O veículo de apoio tático da corporação, muito usado em operações dentro das favelas cariocas, chamou atenção dos torcedores que chegam para a partida.
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Encorajados por policiais mais amistosos, alguns chegaram até a subir nos degraus laterais e traseiros do veículo para dar uma espiadinha no interior. A maioria, no entanto, se contentou apenas em passar os olhos na parte externa e posar para fotos ao lado do caveirão.
"É diferente, né?! Nunca tinha visto um caveirão desses ao vivo. A gente vê na TV e até no filme Tropa de Elite. Nunca vai imaginar que vai encontrar um no meio da rua", disse a nutricionista Maria Cecília Cunha, que veio do Rio Grande do Sul para assistir a partida no Maracanã e se impressionou com a quantidade de policiais - são 11 mil agentes em todo o esquema de segurança. "Tem muitos, né?! A gente optou até por vir cedo para evitar qualquer confusão. Esse aparato todo realmente impressiona. Espero que não haja problema."
Embora a polícia faça uma grande inspeção nos bloqueios armados no entorno do estádio para evitar a entrada de grupos de manifestantes, alguns poucos até conseguem furar o esquema. Foi o caso de três servidores do Estado do Rio de Janeiro, que posaram ao lado do caveirão com uma faixa contra a destruição do hospital do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iaserj).
Os servidores temem que o terreno seja utilizado para construção de um estacionamento de auxílio da organização da Copa do Mundo do próximo ano. "Se fosse para construir uma nova unidade de atendimento do SUS tudo bem. Mas acabaram com 500 leitos e deixaram 44 especialidades médicas fragilizadas, sem contar as 15 pessoas que acabaram morrendo em decorrência da remoção dos pacientes do hospital durante uma madrugada do ano passado", reclamou a presidente da associação dos funcionários do Iaserj, Marilea Ormondi.
O governo pretende ampliar uma unidade do Instituto do Câncer (Inca) que existe na Praça da Cruz Vermelha, no centro. Já existe um projeto pronto, mas a construção ainda não começou, embora o antigo hospital do Iaserj já tenha sido destruído. "O Inca já tem um hospital ali, outro em frente à rodoviária, outro na Vila Isabel. Precisa de mais um? E vai diminuir o auxílio ao SUS pra isso? Isso sim é vandalismo", disse Marilea.
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Neste domingo, diversos manifestantes saíram às ruas no Rio de Janeiro para protestar contra a má qualidade dos serviços públicos, a corrupção e os investimentos ligados à Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014
Foto: Mauro Pimentel
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As ações já eram esperadas, já que hoje acontece a final do campeonato, no Estádio do Maracanã; o Brasil enfrenta a Espanha às 19h
Foto: Mauro Pimentel
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A segurança nos arredores foi bem reforçada
Foto: Mauro Pimentel
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Até o momento, a manifestação está pacífica
Foto: Mauro Pimentel
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Apesar do isolamento da PM, um grupo de três pessoas chegou ao Maracanã às 9h e até o começo da tarde permanecia na entrada de imprensa protestando contra o fechamento de hospitais no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Liderado pelo profissional da saúde Antonio Carlos, Hospital Carlos Chagas, o grupo contou que se posicionou em frente ao local para chamar a atenção das redes de televisão e imprensa e comemorava entrevistas para a BBC e Reuters
Foto: Daniel Ramalho
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Seu principal alvo era a administração de Sérgio Cabral no Governo do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho
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"Precisamos chamar a atenção. O Governo está fechando hospitais, mas tem dinheiro para as obras do Maracanã", disse Antonio Carlos, para quem as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) não fazem cirurgia
Foto: Daniel Ramalho
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Os protestos no entorno do Maracanã devem ganhar mais força ao longo da tarde deste domingo
Foto: Daniel Ramalho
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A final da Copa das Confederações terá início às 19h (de Brasília) e grupos se organizam em diferentes pontos da cidade para marcharem em direção ao Maracanã
Foto: Daniel Ramalho
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Por este motivo a segurança nos arredores foi tão reforçada
Foto: Daniel Ramalho
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Um contingente pronto para enfrentar uma situação de guerra é o que se encontra nas ruas que cercam o Maracanã
Foto: Daniel Ramalho
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Apenas entre homens da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança, são quase 20 mil agentes
Foto: Daniel Ramalho
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As barreiras estão montadas dentro da área restrita pela Fifa, em que apenas passam portadores de ingressos para o jogo
Foto: Daniel Ramalho
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Pessoas de todas as idades fizeram parte do movimento
Foto: Mauro Pimentel
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"Políticos corruptos", reclamam alguns manifestantes
Foto: Mauro Pimentel
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Até o momento, a ação segue pacífica
Foto: Mauro Pimentel
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Bandeiras de partidos também foram vistas em meio à multidão
Foto: Mauro Pimentel
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Um homem vestido de índio marchou em frente a uma enorme faixa
Foto: Mauro Pimentel
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Alguns protestaram fazendo música
Foto: Mauro Pimentel
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Manifestantes também se opõem à atuação da Fifa
Foto: Mauro Pimentel
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Eles pedem melhorias na gestão dos investimentos
Foto: Mauro Pimentel
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A grande final acontece às 19h e, até lá, os manifestantes devem seguir nas ruas
Foto: Mauro Pimentel
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Cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, seguem em direção ao Estádio do Maracanã no início da tarde deste domingo, onde acontecerá a final da Copa as Confederações entre Brasil e Espanha
Foto: Jadson Marques
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Os manifestantes se concentraram na praça Sáenz Peña, na Tijuca, e marcharam ao local do jogo
Foto: Jadson Marques
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A ideia era chegar ao estádio antes das 13h, horário marcado para que o bloqueio policia fosse colocado
Foto: Jadson Marques
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Porém, por conta da antecipação do protesto, a barreira foi colocada meia hora antes, às 12h30
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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O protesto está sendo tranquilo e a Polícia Militar apenas faz o acompanhamento
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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Os manifestantes criticam os gastos para Copa do Mundo no Brasil e a baixa qualidade na educação, segurança e saúde
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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Muitos partidos políticos aproveitam para levantar suas bandeiras
Foto: Mauro Pimentel
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Manifestantes se sentaram no chão em ato pacífico
Foto: Mônica Garcia/rtevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda
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Policiais fizeram barreira e acompanharam a ação
Foto: Mônica Garcia/rtevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda
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Faixas com diversos tipos de reclamações colorem as ruas
Foto: Fábio de Mello Castanho
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Mais qualidade de vida, pedem alguns
Foto: Daniel Ramalho
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O excesso de impostos no Brasil também foi alvo dos manifestantes
Foto: Daniel Ramalho
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O policiamento no entorno do Maracanã foi reforçado
Foto: Daniel Ramalho
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Protestos para este domingo já eram esperados na cidade do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho
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Até o momento, não houve confronto
Foto: Daniel Ramalho
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No entanto, a ação preventiva da Polícia já é notada nas ruas
Foto: Daniel Ramalho
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Manifetantes ficam frente a frente com barreira da Polícia Militar
Foto: Mauro Pimentel
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As faixas também mandam recados para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Sérgio Cabral, governador do estado
Foto: Mauro Pimentel
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Debaixo de uma enorme faixa, manifestantes circulam pelos arredores do Estádio do Maracanã
Foto: Mauro Pimentel
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Policiais criaram um cordão de isolamento nos arredores do Maracanã
Foto: Mauro Pimentel
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Bandeiras brasileiras aparecem não só entre torcida e manifestantes, mas também em imóveis da vizinhança
Foto: Mauro Pimentel
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Moradores acompanham a movimentação no Maracanã
Foto: Mauro Pimentel
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Manifestantes protestaram contra os gastos da Copa
Foto: Mauro Pimentel
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Além dos manifestantes, que criticam os gastos para Copa do Mundo no Brasil e a baixa qualidade na educação, segurança e saúde, muitos partidos políticos aproveitam para levantar suas bandeiras
Foto: Mauro Pimentel
Fonte: Terra