Figueirense vence Vitória por 1 a 0 e Argel mantém bom retrospecto

24 ago 2014 - 18h12

Em partida equilibrada na tarde deste domingo, no Barradão, o Figueirense conseguiu conquistar os três pontos fora de casa diante do Vitória, vencendo o jogo pelo placar simples de 1 a 0. O triunfo aumenta o retrospecto positivo de Argel à frente do Figueira, que já dura cinco jogos, somando quatro vitórias e um empate.

No confronto desta tarde, o Leão foi comandado pelo técnico interino Éder Bastos. Após demitir Jorginho, a diretoria rubro-negra vai anunciar Ney Franco como novo treinador da equipe, nesta segunda-feira.

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Prestes a retornar ao clube após três meses de sua demissão, Ney procurou se integrar ao grupo antes de assumir o cargo, ajudando a determinar o melhor esquema tático para a decisão deste domingo. O esquema com três atacantes surtiu efeito positivo, já que os donos da casa fizeram mais investidas ao ataque do que o adversário.

Com o resultado positivo, a equipe catarinense dá um salto na tabela e sai da 16ª posição para a 12ª, com 20 pontos somados. Já o Vitória permanece na lanterna da tabela, com apenas 15 pontos conquistados.

O jogo

Os donos da casa começaram a partida tentando pressionar o Figueirense, impedindo, assim, que os visitantes ultrapassassem o meio de campo antes dos cinco minutos de jogo. O sistema de jogo do Leão, com três homens de contensão no meio de campo, exigiu grande movimentação por parte dos atacantes e dos laterais, que se lançavam a frente com facilidade.

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Apesar de marcadores, os volantes que compuseram o meio campo do rubro-negro tinham qualidade no passe e, abusando das viradas de jogo, tentavam concentrar as jogadas nas laterais. Voltando a equipe, o lateral esquerdo Juan verticalizava as jogadas e, quando não procurava Dinei dentro da área, tentava acionar a velocidade de William Henrique, novamente titular.

Mesmo controlando a posse da bola no campo de ataque, e tentando organizar as jogadas com base nas ultrapassagens e triangulações, o Vitória não conseguia concretizar os lances e vacilava no campo de defesa, oferecendo diversas chances ao adversário.

Em duas oportunidades, o zagueiro Kadu falhou ao dominar a bola e quase prejudicou a equipe. Na primeira vez, Clayton percebeu o erro do beque, ganhou na velocidade e, quando chegou na ponta da área, tocou para trás. Marco Antônio finalizou na corrida, mas errou o alvo e a bola saiu pela linha de fundo. Na segunda chance, Marcão roubou a bola de Kadu já dentro da área e só não marcou porque Wilson conseguiu espalmar a bola rente à trave.

A conduta do árbitro Marcelo de Lima Henrique foi motivo de questionamento por parte das duas equipes. Com a filosofia de ‘deixar o jogo seguir’, o juiz carioca, em diversos momentos, foi contestado pelos atletas ao não enxergar falta em algumas disputas de bola. Dessa forma, a partida aconteceu de forma mais corrida, e lances de contra ataque foram criados em ambos os lados.

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Em uma das ocasiões, Clayton recebeu lançamento de Rivaldo na direita e, ao ver que estava livre, disparou pela lateral. O goleiro Wilson, percebendo que o atacante poderia progredir com facilidade até a área, saiu em velocidade para dividir a bola com o atacante e afastar pela lateral. Após a disputa à lá líbero, o camisa 1 do Vitória colocou a mão na parte posterior da coxa e pediu atendimento médico.

Nos acréscimos, em lance de infiltração muito semelhante, Clayton quase abriu o placar para os visitantes. Disparando nas costas da zaga, pela direita, o camisa 23 recebeu passe de Marco Antônio, entrou na área e bateu cruzado. A bola passou rente à trave de Wilson e assustou a defesa rubro-negra, que com tantas falhas, quase fez a equipe sair para o intervalo em desvantagem.

Na volta do segundo tempo, Éder Bastos optou por mudar o sistema de jogo da equipe. Apagado durante o primeiro tempo, o atacante William Henrique deu lugar ao argentino Escudero, que voltou a campo após seis meses tratando de lesão no joelho.

Com a entrada do camisa 10, Caio e Dinei formaram a dupla de ataque e o meio campo ganhou mais um armador para pensar o jogo. Apesar da mudança, o panorama da partida pouco mudou. Com mais posse de bola, o Vitória se lançou ao ataque para tentar somar os três pontos dentro de casa, enquanto os visitantes preferiram fechar bem a marcação no campo de defesa e aproveitar os erros adversários.

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As duas linhas de quatro montadas por Argel surtiram resultado positivo. Apesar do toque de bola e das jogadas individuais, o Vitória não conseguiu adentrar a área do Figueira e, cada vez que perdia a bola no campo de ataque, oferecia o contra-ataque ao alvinegro.

Em duas oportunidades, o Figueirense quase abriu o placar após o contra golpe. Nas duas vezes, Giovanni Augusto arrancou pelo meio e serviu Clayton, que errou ao tentar arrematar e, quando tentou servir o companheiro, a zaga antecipou a jogada e afastou o perigo.

Quando não sofreu com o contra ataque, o rubro-negro sofreu com a deficiência técnica da linha de zagueiros. Aos 18 jogados da etapa final, os catarinenses pressionaram a saída de bola e a zaga baiana entregou ao errar a saída de bola. Everaldo, que tinha acabado, recebeu passe na entrada na área, dominou e bateu na saída do goleiro Fernandez, que substituiu Wilson no intervalo.

Passados dez minutos, o Vitória teve a chance de empatar cobrando pênalti. Após cobrança de falta de Luis Aguiar na direita, o lateral direito Leandro Silva desviou a bola de forma desengonçada e o assistente acusou o pênalti, após constatar a irregularidade. Na cobrança, o lateral Juan exagerou ao deslocar o goleiro e bateu à esquerda da meta de Tiago Volpi, desperdiçando a chance de gol mais concreta do Leão na partida.

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Com a vantagem no placar mantida, Argel preferiu não arriscar e trocou um atacante por um zagueiro. Com a entrada de Nirley, que alternou suas funções entre um primeiro volante e um terceiro zagueiro, a equipe catarinense aumentou a consistência defensiva e conseguiu conter o ímpeto ofensivo dos donos da casa, conquistando os três pontos e se afastando de vez da degola.

Gazeta Esportiva
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