Vagner Love é a favor de punir clubes, mas acredita que racismo nunca vai acabar

19 fev 2020 - 14h22
(atualizado às 14h22)

No último domingo, Moussa Marega, atacante francês naturalizado malinês, foi alvo de insultos racistas durante a partida entre Porto e Vitória Guimarães, pelo campeonato português.

O fato ganhou manchetes em todo o mundo, principalmente pela reação de Marega, que abandonou o jogo e se manifestou, revoltado pela ação dos torcedores.

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Vagner Love jogou na Rússia por anos, país que costuma ter problemas graves por causa de racismo

Nesta quarta-feira, o assunto foi repercutido no Corinthians, durante a entrevista coletiva de Vagner Love, jogador experiente, negro, como Marega, e que também atuou na Europa.

"Já era para ter acabado isso no mundo, no futebol. É uma coisa chata para caramba. Temos que ter a cabeça tranquila. Procuro não levar para frente, se não acaba dando mais margem. É algo que nunca vai acabar. É no mercado, no shopping, em todo lugar. Isso só passa para o mundo porque todo mundo vê no futebol. Mas tem os casos são diários, que ninguém vê", comentou Love.

"A pessoa que recebe o racismo, tem que ficar tranquila quanto a isso. Sabe da índole, do carinho e respeito que as pessoas têm com você. Gosto de tratar todo mundo com respeito para poder receber em troca isso. É algo que dificilmente vai acabar. Temos que saber que somos importantes para muitas pessoas", completou.

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Perguntado sobre quais medidas deveriam ser adotadas para que ao menos nos estádios de futebol o racismo fosse combatido, Vagner Love deu a sua sugestão.

"Não sei se traria solução, mas acho que punição para o torcedor do clube que faz isso. Se punir o clube, os outros torcedores, o próprio clube, vão querer tirar aquele cara de lá. Se der punição para o Vitória de Guimarães, pode dar certo. Rebaixa o time, não sei. Recriminarem o torcedor que faz esse tipo de coisa", concluiu.

Gazeta Esportiva
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