O déficit acumulado do Corinthians em 2025 chegou a R$ 204,237 milhões no mês de outubro, conforme discriminado em balancete divulgado pelo clube nesta quinta-feira, 18. Isso representa um aumento de quase 13% em relação ao registrado em setembro, quando o déficit era de R$ 180 milhões. Em agosto, estava na casa dos R$ 103 milhões. Ou seja, houve aumento de quase 100% em dois meses. A dívida bruta total do clube está em R$ 2,7 bilhões.
De acordo com o documento, a maior fatia do prejuízo vem dos esportes amadores e do clube social, no valor de R$ 182,791 milhões, que somados a R$ 21,446 milhões de déficit oriundo do departamento de futebol chegam ao total de R$ 204,5 milhões.
A receita bruta do clube até outubro foi de R$ 647,704 milhões. Com deduções legais de R$ 30,209 milhões, a receita líquida ficou em R$ 617,495 milhões. Já as despesas operacionais do mês fecharam em R$ 649,435 milhões e o Ebitda em R$ 31,940 milhões.
Em orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo na segunda-feira, 15, o clube prevê fechar 2026 com superávit de R$ 12 milhões. Para concretizar o plano, pretende cortar gastos tanto no futebol quanto no clube social.
Só em despesas com pessoal no departamento de futebol, o que inclui os jogadores, o objetivo é obter uma diminuição de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, queda de R$ 81 milhões. A projeção inclui a folha atual (direitos de imagem, encargos e benefícios), seguindo a diretriz de redução de gasto. Somado a outros custos, como despesas com serviços e jogos, o corte total no futebol chegaria a R$ 90 milhões.
Ao incluir a folha de pagamento geral, com a inclusão de outros setores do clube, a redução prevista se mantém na mesma porcentagem: de R$ 505 milhões para R$ 410 milhões. Em busca de soluções para reduzir custos, o presidente Osmar Stábile tem mirado cortes no clube social e chegou até a cogitar a acabar com modalidades como o futsal, mas recuou após a repercussão ruim.
Para ajudar a enxugar os gastos com futebol, foi estabelecida uma meta de R$ 151 milhões em vendas de jogadores. A previsão também se apega ao valor de direitos de TV, colocado em R$ 335 milhões, embora não tenha discriminado metas esportivas, que influenciam essa conta.
Em patrocínios, o previsto é receber R$ 255 milhões, 47% a mais do que em 2025. Sem a meta de venda de jogadores, o clube espera fechar 2026 com uma receita de R$ 806 milhões, 13% superior aos R$ 711 milhões da atual temporada.