Corinthians pressiona CBF por esclarecimentos sobre regras do fair play financeiro

A diretoria entende que o fair play pode ser positivo para o futebol brasileiro, mas pede ajustes.

15 nov 2025 - 15h15
(atualizado às 15h15)
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Foto: Nayra Hall / Staff Images / Reprodução X Corinthians / Esporte News Mundo

O Corinthians enviou uma série de questionamentos à CBF sobre o novo programa de fair play financeiro e demonstrou preocupação com alguns pontos considerados de difícil execução. As informações foram publicadas inicialmente pelo O Globo.

A maior inquietação do clube está na exigência de manter, a partir da implementação do programa, a média da folha salarial igual à média dos três meses seguintes. Na visão do departamento financeiro corinthiano, esse modelo dificulta o planejamento interno e poderia gerar atrasos ainda maiores em caso de desequilíbrio momentâneo.

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Outro ponto que preocupa é a obrigação de reinvestir no elenco um valor igual ao que for arrecadado com vendas de atletas. Para o Corinthians, essa regra criaria problemas operacionais, já que nem sempre o dinheiro de transferências entra imediatamente no caixa.

O clube também teme a necessidade de se adequar de forma imediata às novas regras já em 1º de janeiro de 2026, prazo considerado extremamente curto. Entre as principais dúvidas levantadas pelo departamento financeiro estão:

• Como serão tratadas as luvas pagas a jogadores que ainda não tinham vínculo vigente no momento da assinatura.

• Se a compensação entre compra e venda de atletas poderá ser feita dentro da mesma janela.

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• Como ficarão os parcelamentos previstos em transações tributárias já acordadas.

• Qual será o prazo de vigência das restrições impostas aos clubes que descumprirem as metas.

O Corinthians formalizou todas essas questões à CBF na noite desta sexta-feira (14). O documento foi enviado pelo ex-diretor financeiro Rozallah Santoro, que atualmente representa o clube nas discussões sobre o novo modelo de controle econômico.

A diretoria entende que o fair play pode ser positivo para o futebol brasileiro, mas pede ajustes para que sua aplicação não gere impactos imediatos que prejudiquem ainda mais clubes em processo de reorganização financeira.

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