Firmino sobe, T. Silva desce: veja o "termômetro" da Seleção

19 nov 2014 - 07h59
(atualizado às 08h02)

A Seleção Brasileira encerrou seu ano com mais duas vitórias – 4 a 0 sobre a Turquia e 2 a 1 sobre a Áustria –, e agora Dunga terá quatro longos meses para pensar em sua próxima convocação, em março de 2015. Mas quem subiu e quem desceu no conceito do treinador nessa última excursão? Veja o desempenho de cada um dos 23 jogadores a seguir.

Goleiros

Diego Alves – EM ALTA

Titular nas duas partidas, não foi exigido muitas vezes contra Áustria e Turquia, mas fez intervenções seguras quando precisou. Homem de confiança de Dunga, deve voltar mais vezes. Apesar do ótimo retrospecto defendendo pênaltis, não conseguiu pegar a cobrança do austríaco Dragovic.

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Diego Alves pode ser o titular no próximo amistoso da Seleção
Diego Alves pode ser o titular no próximo amistoso da Seleção
Foto: Rafael Ribeiro / CBF/Divulgação

Rafael Cabral – NA MESMA

Esperava-se que fosse o titular, já que estava presente em convocações anteriores, mas ficou o tempo inteiro no banco. Treinou bem e deve se manter no grupo.

Foto: Giuseppe Bellini / Getty Images

Neto – EM BAIXA

Assim como Rafael, não teve oportunidade de entrar em campo, mas foi seguro nos treinos. Porém, quando Dunga puder chamar novamente Jefferson à Seleção, é mais provável que seja na vaga de Neto.

Neto repõe bola para a Fiorentina no Pacaembu
Foto: Alan Morici / Terra

Laterais

Danilo – NA MESMA

Se manteve dono da lateral direita mesmo sem exibições brilhantes. Foi sólido na defesa e participou bem do ataque contra a Turquia, mas contra a Áustria teve problemas na marcação diante da habilidade de Arnautovic.

Danilo começou entre os reservar no treino da Seleção Brasileira
Foto: Bruno Domingos / Mowa Press / Divulgação

Mário Fernandes – NA MESMA

Não teve oportunidade de entrar em campo, nem chamou muita atenção nos treinos. A lateral direita ainda é uma posição aberta a novos nomes, especialmente para a reserva.

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Foto: Heuler Andrey/ Mowa Press

Filipe Luís – EM ALTA

Seu estilo representa a filosofia de Dunga em campo: sólido na marcação, incansável nos treinamentos, pensa sempre primeiro na equipe e depois no individual. Não tem o brilho técnico de Marcelo, mas compensa com entrega e posicionamento.

Após ser esquecido por Felipão, Filipe Luís conquistou confiança do técnico Dunga
Foto: Bruno Domingos / Mowa Press / Divulgação

Alex Sandro – NA MESMA

Cortado em sua primeira convocação com Dunga, para os jogos contra Colômbia e Equador, desta vez o lateral fez parte do grupo, mas não teve chance de jogar. Treinou bem e tem boas possibilidades de voltar.

Alex Sandro - Dono da lateral esquerda do Porto, teve atuações marcantes na Liga dos Campeões
Foto: Getty Images

Zagueiros

Miranda – EM ALTA

O pilar defensivo da Seleção, não errou praticamente nenhuma bola nas duas partidas. Seu estilo sério e comedido completa bem o ímpeto às vezes exagerado de David Luiz. Sentiu lesão muscular no primeiro tempo contra a Áustria, mas estará pronto para a próxima convocação.

Miranda luta para seguir no time titular de Dunga
Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

David Luiz – EM ALTA

Velocidade, força e técnica todos sabem que ele tem. Os erros de posicionamento e a precipitação em deixar a linha defensiva também têm diminuído sob o comando de Dunga. Fez duas excelentes partidas e se manteve incontestável como titular.

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David Luiz fez apenas um trabalho na academia e uma corrida rápida ao redor do gramado
Foto: Bruno Domingos / Mowa Press / Divulgação

Thiago Silva – EM BAIXA

Quando teve a oportunidade de jogar contra a Áustria, depois da lesão de Miranda, foi bem e mostrou a classe que o levou a ser considerado um dos melhores do mundo. O que torna ainda mais inexplicável a atitude fora de campo: reclamou da perda da faixa de capitão, criou turbulência no ambiente da Seleção e fez Dunga dizer em público que a hierarquia é importante e "ninguém é dono de nada". Se já estava difícil retomar a titularidade com as excelentes fases de Miranda e David Luiz, certamente esse episódio não ajudou.

Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

Marquinhos – NA MESMA

Com três zagueiros do quilate de Miranda, David Luiz e Thiago Silva na concorrência, e Dunga mexendo no time o mínimo possível, é difícil para Marquinhos conseguir jogar. Mas o garoto mostrou personalidade nos treinos e entrevistas e é um nome para o futuro.

Marquinhos comemora gol do Paris St Germain contra o Barcelona no Parc des Princes em 30 de setembro.
Foto: Benoit Tessier / Reuters

Volantes

Luiz Gustavo – NA MESMA

Mais um titular incontestável no time de Dunga. Faz o mesmo jogo que fazia com Felipão: se mantém fixo à frente da zaga, combate ferozmente no meio-campo e ajuda os zagueiros na saída de bola. Nada espetacular, mas cumpre seu serviço muito bem.

Luiz Gustavo é um dos remanescentes da Copa do Mundo
Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

Fernandinho – EM ALTA

Mostrou que não pode ser reserva em uma Seleção que quer jogar um futebol de mais troca de passes e domínio no meio-campo. É o volante brasileiro com mais dinâmica de jogo e qualidade de passe, de longe. Também é firme na marcação – às vezes até exagera nas entradas.

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Fernandinho trabalha separado em treinamento da Seleção; treino não contou com as presenças de Neymar e Filipe Luís, que ficaram na academia, e também não viu torcida
Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

Fred – NA MESMA

Convocado na vaga do lesionado Rômulo, mostrou potencial nos treinos e teve oportunidade de jogar alguns minutos nos dois jogos. Pode ser que perca a vaga entre os 23 quando todos os atletas estiverem novamente à diposição.

Fred participa de treino com foco no amistoso contra a Áustria
Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

Casemiro – EM BAIXA

Outro que teve oportunidade de entrar nas duas partidas, não conseguiu mostrar muita coisa. Nos treinos, muitas vezes pareceu desligado, em um ritmo abaixo dos colegas. Precisa de mais para se firmar.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF / Divulgação

Meias

Willian – EM ALTA

Fez uma partida excelente contra a Turquia, quando distribuiu dribles, fez um gol e foi o melhor em campo ao lado de Neymar. Já contra a Áustria, sofreu com a marcação mais forte e perdeu muitas bolas. Mas o saldo é positivo, e Willian pode se considerar titular pela meia direita da Seleção.

Foto: Bruno Domingos / Mowa Press / Divulgação

Oscar – NA MESMA

Ao contrário dos jogos anteriores com Dunga, Oscar foi escalado aberto pela esquerda para acomodar Neymar e Luiz Adriano em posições mais centrais. Seu jogo sofre quando ele tem que guardar posição e marcar pelos lados, mas mesmo assim cumpriu suas tarefas com disciplina. Brilhou menos que Neymar e Willian na frente, mas está firmado no time titular.

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O brasileiro Oscar, do Chelsea, comemora gol contra o Queens Park Rangers durante jogo do Campeonato Inglês, no Stamford Bridge, em Londres, no início de novembro. 01/11/2014
Foto: Toby Melville / Reuters

Douglas Costa – EM ALTA

Entrou muito bem nos dois jogos e colocou uma pulga atrás da orelha de Dunga. Se Oscar ou Willian baixarem de rendimento, é ele quem deverá ter uma chance entre os titulares. Muito rápido e habilidoso com a perna esquerda, deu uma alternativa ao ataque repleto de jogadores destros na Seleção.

Douglas Costa - Shakhtar-UCR - Chamado pelo Brasil em 2010, se mantém como uma das principais figuras de sua equipe. Foi especulado no Manchester United
Foto: Getty Images

Talisca – EM BAIXA

Chamado na vaga de Lucas, que se machucou, não teve oportunidade de entrar em campo. Conquistou os companheiros com seu bom-humor, mas foi discreto nos treinos. Pode ser um ótimo nome para o futuro, mas não pareceu ter feito o suficiente para se fixar na Seleção agora.

Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

Philippe Coutinho – EM BAIXA

Teve 20 minutos para jogar contra a Turquia e foi bastante discreto. Contra a Áustria, nem entrou. Pareceu ter sido ultrapassado por Douglas Costa na preferência de Dunga, e vai ter que subir o nível de rendimento se quiser continuar tendo chances na Seleção.

Philippe Coutinho é uma opção cogitada por Dunga para o time titular da Seleção Brasileira
Foto: Bruno Domingos / Mowa Press

Atacantes

Neymar – EM ALTA

Capitão e craque do time, Neymar teve rendimento semelhante ao de Willian: deu show contra os turcos e deixou o estádio ovacionado pela torcida rival, mas apareceu pouco diante da Áustria, que marcou com muita força no centro do gramado. Com Dunga, parece que vai abandonar definitivamente a ponta esquerda para atuar solto no ataque.

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Capitão da Seleção de Dunga, Neymar teve atuação discreta no último amistoso brasileiro no ano
Foto: Leonhard Foeger / Reuters

Luiz Adriano – EM BAIXA

Não foi mal nas duas partidas que fez como titular, mas também passou longe de brilhar. Correu sem parar, movimentou-se para abrir espaços e ajudou na marcação, mas quase não finalizou, e atrasou alguns contra-ataques da Seleção. Não fez o bastante para impedir o retorno certo de Diego Tardelli à titularidade.

Se lateral turco não marca contra, Luiz Adriano estava lá para conferir
Foto: Mowa Press / Divulgação

Roberto Firmino – EM ALTA

De surpresa da convocação a herói da vitória contra a Áustria, mostrou por que foi convocado: é um meia-atacante objetivo, que busca sempre o gol e tem excelente finalização. Pintou como boa opção para jogar sem um centroavante clássico quando Diego Tardelli não estiver disponível.

Dupla Neymar-Firmino comemora mais uma vitória com a camisa da Seleção
Foto: Leonhard Foeger / Reuters
Fonte: Terra
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