Para a decisão da NASCAR Brasil 2025, a estratégia de Cacá Bueno é clara: ataque total. Em entrevista exclusiva concedida nesta sexta-feira (5) no Autódromo de Interlagos, o pentacampeão da Stock Car descartou fazer um jogo de espera ou de marcação cerrada sobre o líder do campeonato, Gabriel Casagrande. Correndo atrás do prejuízo na pontuação da Special Edition, o veterano aposta na bagagem de quem já decidiu dezenas de campeonatos para sair com o troféu.
"A estratégia é usar a experiência", resumiu Cacá. Segundo o piloto, a tática de "marcar" o adversário é um privilégio de quem está na ponta da tabela. "Eu ficaria de marcação no Gabriel Casagrande se fosse o líder. Como não sou, não posso me dar a esse luxo", explicou. Ele reforçou que o momento exige agressividade calculada, utilizando o histórico de seus cinco títulos e vice-campeonatos na Stock Car como trunfo emocional e técnico para gerenciar a pressão das três corridas decisivas deste fim de semana.
A final ganha um contorno nostálgico com o retorno de Cacá à RC Competições, chefiada por Marcel e Rosinei Campos. O piloto não escondeu a satisfação de voltar à estrutura onde conquistou seu primeiro título da Stock Car, em 2006, e onde levantou o bicampeonato da categoria. A parceria é vitoriosa também em outros terrenos: Cacá relembrou que, em uma ocasião passada ao retornar para o time de Meinha, sagrou-se campeão do Endurance Brasil, um retrospecto que ele espera repetir agora na NASCAR.
Sobre o futuro, Cacá Bueno manifestou o desejo de permanecer na NASCAR Brasil na próxima temporada. No entanto, o martelo ainda não está batido. O piloto revelou que o foco fora das pistas está na engenharia financeira para 2026. "Estou ajeitando os patrocinadores. Novas marcas chegam, algumas vão embora, faz parte do ciclo", afirmou, indicando que a definição de seu lugar no grid para o próximo ano depende do desfecho dessas negociações.