COMO MERCEDES E RED BULL INFLUENCIARAM A F1 2021?
Romain Grosjean deixou a Fórmula 1 no final de 2020, após um acidente assustador na penúltima etapa do ano fazer o piloto ser envolto em chamas na pista de Sakhir, no Bahrein — sem consequências mais graves, ao menos. E a Mercedes, equipe dominante na Era Híbrida da Fórmula 1 com oito títulos de Construtores em oito anos, ofereceu ao francês um 'último ato' na categoria, pilotando o W10 — carro de 2019 da escuderia alemã.
O momento havia sido planejado para acontecer no GP da França de 2021, mas determinações sanitárias devido à pandemia de Covid-19 adiaram a possibilidade. Em 2022, os compromissos pessoais do piloto devem impedir uma participação no final de semana de corrida em Paul Ricard, programado para acontecer entre 22 e 24 de julho. No entanto, a possibilidade ainda está na mesa de acordo com o veterano de 35 anos.
"Eu mandei uma mensagem para Toto [Wolff] após Abu Dhabi", revelou Grosjean. "Bem, após algumas semanas, mandei uma mensagem ao Toto e ele respondeu. Ele começou com 'obrigado', e a última frase foi 'nós temos que colocá-lo no carro esse ano'. Sim, ainda está de pé. Algumas coisas no último ano dificultaram, e esse ano não poderei ir à França porque estarei correndo em Iowa", comentou.
Romain Grosjean e Toto Wolff, chefe da Mercedes (Foto: Mercedes)
"Mas definitivamente a Mercedes quer fazer, eu também quero, mesmo que o meu pescoço vá morrer porque eu perdi parte da musculatura", admitiu. "Você pode perguntar ao Pato [O'Ward] como foi [em um carro de F1]. Mas sim, ainda queremos fazer, e se acontecer, ótimo. Mas o foco principal agora é tentar vencer corridas com a Andretti", disse.
Após uma ótima impressão deixada em seu ano de estreia na Indy com a Dale Coyne, Grosjean trocou de equipe e fechou com a Andretti para 2022, substituindo o campeão de 2012, Ryan Hunter-Reay.
O piloto francês ainda comentou sobre o episódio final da temporada 2021 da Fórmula 1, quando Max Verstappen conquistou seu primeiro título mundial em um final controverso no GP de Abu Dhabi, em dezembro. Para o titular do carro #28 da Andretti, o título não foi decidido na última volta, mas ao longo do ano inteiro. Assim, o piloto acredita que Verstappen mereceu mais o troféu por tudo que fez na temporada de 2021.
Romain Grosjean teve seu teste com o W10 adiado, agora sem nova data (Foto: Mercedes)
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"Eu amei", respondeu Grosjean. "Foi animado, meu coração estava batendo demais. E eu acho que ter dois carros lutando por uma volta pelo título mundial foi espetacular. Acho que é uma percepção errada pensar que o campeonato foi decidido em uma volta. Foram 22 GPs, e se você olhar para a temporada toda, sabe que Max teve o furo de pneu em Baku, Valtteri Bottas bateu nele na Hungria, teve a corrida de Silverstone", continuou.
"Acho que no final, se nós olharmos para quantos pontos foram perdidos por Verstappen, não necessariamente por sua culpa, ele era o que mais merecia o título", pontuou Grosjean. "Na corrida de Abu Dhabi, Lewis [Hamilton] mereceu mais o campeonato. Ele teve azar na última volta. Mas como fã de corrida, eu amei aquela última volta e foi super animado de se assistir", encerrou.
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