O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, recusou-se a responder perguntas sobre Kimi Raikkonen nesta terça-feira, em meio à crescente especulação de que o campeão mundial de 2007 pode voltar no ano que vem à equipe onde conquistou o título.
"Não vamos falar sobre Fórmula 1 hoje", disse o italiano a repórteres no salão de automóveis de Frankfurt. "Estou tentando convencer um piloto a voltar e vou falar com Schumacher amanhã", brincou.
O heptacampeão mundial Michael Schumacher, de 44 anos e que está aposentado, certamente não cogita retornar ao esporte por uma segunda vez, após ter deixado a Mercedes no ano passado. Raikkonen, de 33 anos, certamente pode ser um alvo da Ferrari.
A especulação no paddock da Fórmula 1 durante o Grande Prêmio da Itália do fim de semana dava conta de que o acordo já tinha sido fechado, apesar de a Lotus ainda ter esperança de manter o finlandês e de o chefe da equipe Ferrari, Stefano Domenicali, ter garantido que nenhuma decisão foi tomada.
Raikkonen tem bastante apoio entre os apaixonados torcedores da Ferrari por ter sido o primeiro campeão pela escuderia após a era Schumacher -- e o único até hoje.
Levando-se em conta que Fernando Alonso não terá nenhuma novidade sobre seu futuro e que o brasileiro Felipe Massa é quem será substituído, a Ferrari teria dois ex-campeões em seus carros na próxima temporada pela primeira vez em muitos anos.
Na década de 1950, o fundador da equipe, Enzo Ferrari, colocou os italianos campeões mundiais Alberto Ascari e Giuseppe Farina correndo juntos pela equipe.
Apesar de especulações sobre o futuro de Massa serem recorrentes, desta vez parece que o brasileiro vai de fato deixar a escuderia. Ele não vence uma prova desde 2008, quando foi vice-campeão mundial, e subiu ao pódio somente uma vez este ano.
(Reportagem adicional de Jennifer Clark, em Frankfurt)