Oscar Piastri brilhou no Grande Prêmio do Bahrein e conquistou uma vitória incontestável após 57 voltas de pura ação. O australiano liderou com autoridade desde a largada, administrou bem o ritmo ao longo da corrida e cruzou a linha de chegada com méritos. George Russell, mesmo enfrentando problemas no carro, segurou a segunda colocação. Lando Norris, por sua vez, foi um dos grandes destaques da prova, recuperando terreno mesmo após uma punição e garantindo um lugar no pódio.
A largada foi de tirar o fôlego. Piastri teve um arranque perfeito e não deu chances aos rivais. George Russell, que havia sido punido no sábado e largou mais atrás, rapidamente se recuperou ao ultrapassar Charles Leclerc. O monegasco perdeu rendimento inicial e caiu para a quarta posição, com Norris e Gasly logo atrás.
O pelotão embaralhou logo nos primeiros metros, com Ocon e Bearman ganhando posições importantes. Antonelli e Sainz duelavam por espaço no meio do grid, enquanto Verstappen aparecia mais apagado, longe dos primeiros colocados.
Piastri rapidamente abriu mais de um segundo de vantagem sobre Russell, escapando da zona de DRS. Enquanto isso, Norris se aproximava perigosamente do piloto da Mercedes. Mas o britânico da McLaren passou a ser investigado por uma possível largada fora de posição — algo que o replay logo confirmou. Verstappen avisou pelo rádio que Norris “passou bem da sua caixa” e, pouco depois, veio a punição de cinco segundos para o #4.
A corrida seguiu intensa, com estratégias começando a se desenhar a partir da volta 12. Verstappen enfrentou problemas em seu pit stop, o que contribuiu para sua dificuldade em avançar. Enquanto isso, os líderes — Piastri, Russell e Leclerc — seguiam firmes, com a McLaren apostando em pneus macios, e a Ferrari, em médios.
Com a sequência de paradas, a Ferrari chegou a assumir momentaneamente a liderança com Leclerc e Hamilton. Mas Piastri logo retomou a ponta após uma janela de pit stops bem executada. A equipe de Maranello ainda tentou um double stack com Leclerc e Hamilton, o que funcionou bem, mas a estratégia de duas paradas já parecia clara para todos.
Antonelli deu um show à parte com uma bela manobra sobre Verstappen na Curva 4, mostrando que não estava apenas para aprender — mas para competir. O jovem da Mercedes fez uma ultrapassagem limpa e agressiva, enquanto o atual campeão sofria com superaquecimento dos freios e desempenho inconsistente dos pneus duros.
A corrida parecia se estabilizar até o momento decisivo: o Safety Car foi acionado após um toque entre Tsunoda e Sainz que espalhou detritos na pista. A vantagem de sete segundos de Piastri evaporou, mas o timing da neutralização beneficiou os líderes, que aproveitaram para fazer um pit stop estratégico.
Na relargada, Piastri manteve a frieza e reconstruiu sua vantagem. Norris brilhou mais uma vez ao ultrapassar Hamilton na Curva 4 sem o auxílio do DRS, assumindo a terceira posição. Leclerc, com pneus duros, não conseguiu manter o mesmo ritmo e passou a ser ameaçado.
Com cerca de 15 voltas para o fim, ficou evidente que os pneus médios eram a melhor escolha. A McLaren, que apostou neles desde o início, colheu os frutos. Norris ainda tentava se aproximar de Leclerc em busca de consolidar o pódio, enquanto Piastri continuava abrindo distância na liderança.
Nas voltas finais, o australiano da McLaren demonstrou total controle da situação. Sua vantagem sobre Russell chegou a mais de quatro segundos, e o segundo lugar da Mercedes nunca ameaçou de fato a liderança. Norris, mesmo com a punição no início, cravou uma corrida madura e garantiu o terceiro lugar.
Enquanto a corrida se aproximava do fim, o clima esquentava na disputa pelo segundo lugar. Norris precisava tentar uma ultrapassagem definitiva sobre Russell — não dava para contar apenas com uma possível penalidade ao britânico da Mercedes após a prova. O engenheiro da McLaren foi claro: o uso do DRS só deveria ser feito se Norris tivesse certeza de que estava na zona correta. Atrás deles, Leclerc também enfrentava problemas com o DRS, mas se mantinha por perto, pronto para se aproveitar de qualquer punição tardia.
Apesar do caos generalizado, com investigações, punições e disputas acirradas em todo o pelotão, Oscar Piastri seguia como o único piloto que parecia correr em um universo paralelo. A poucas voltas do fim, era o único que não se envolvera em incidentes, mantendo um ritmo sólido e constante. Faltando apenas três voltas para o final, o australiano conduzia sua McLaren com tranquilidade rumo à vitória, pronto para somar os 25 pontos da liderança com méritos.
Norris ainda pressionava Russell na disputa direta pelo segundo lugar — lembrando que Russell estava sob ameaça de uma penalidade por infração relacionada justamente ao DRS. O final prometia tensão até o último metro, mas nada que ameaçasse a liderança impecável de Piastri naquela noite no Bahrein.
E então, após 57 voltas de domínio absoluto, Oscar Piastri cruzou a linha de chegada e comemorou pelo rádio com o time: "That should be one hell of a party tonight. Mega weekend everyone. That was pretty damn fun."
("Hoje à noite vai ter uma baita festa. Fim de semana incrível, pessoal. Foi bem divertido.")
Uma vitória incontestável, em um final de semana em que tudo funcionou perfeitamente para o australiano.
Confira a classificação final do Grande Prêmio Do Bahrein 2025:
A Fórmula 1 parte agora para mais uma rodada dupla — e o próximo destino é o Grande Prêmio do Catar 2025. Com uma pista moderna, cenário noturno e desafios únicos sob as luzes de Lusail, a expectativa é de mais um fim de semana eletrizante.
