Lando Norris vence a sprint race caotica em interlagos após batida de seu companheiro de equipe Oscar Piastri, Franco Colapinto e Nico Hulkenberg. Kimi Antonelli e George Russel completam o P2 e P3 na última spritn race em Interlagos.
As luzes se apagaram em Interlagos e a largada da Sprint de São Paulo foi limpa. Lando Norris partiu muito bem e assumiu a liderança logo na primeira curva. Kimi Antonelli hesitou por um instante e acabou sendo pressionado por Oscar Piastri e George Russell, mas conseguiu segurar a segunda posição. Max Verstappen superou Fernando Alonso e subiu para quinto, enquanto Lewis Hamilton ganhou terreno e apareceu em oitavo. Leclerc era o sétimo, e Lance Stroll caiu para nono.
Os replays mostraram um contato entre Liam Lawson e Oliver Bearman na volta inicial, que fez o britânico rodar e despencar para a 18ª colocação. Na frente, Norris mantinha cerca de 0,9s de vantagem sobre Antonelli. Apesar da pista ainda úmida, a direção de prova decidiu ativar o DRS.
Com o ritmo estabilizado após as voltas iniciais, cresceu a incerteza sobre a durabilidade dos pneus macios até o final. Como apenas uma linha seca se formava no traçado, as ultrapassagens se tornavam cada vez mais complicadas.
Norris conseguiu escapar da zona de DRS de Antonelli e ampliou sua vantagem para 1,5s. Piastri seguia em terceiro, a 1,1s do italiano, e as diferenças entre os pilotos começaram a crescer. Leclerc foi o primeiro a ativar o DRS, mirando Alonso logo à frente.
Russell perdeu contato com Piastri, e logo depois o australiano perdeu o controle sozinho, acertando o muro! Pouco atrás, Nico Hülkenberg e Franco Colapinto também se acidentaram no mesmo ponto, um verdadeiro caos em Interlagos. A direção de prova passou a investigar outro incidente, na Curva 4, envolvendo Lawson (carro 30) e Bearman (carro 87) por possível colisão.
Os replays mostraram que Piastri tocou de leve o meio-fio molhado, perdeu aderência e bateu. Ao cruzar a pista, espalhou água no asfalto, o que levou Hülkenberg e Colapinto a também perderem o controle. Três batidas no mesmo local forçaram a entrada do Safety Car, e logo em seguida, a direção acionou a bandeira vermelha para reparo das barreiras.
Apesar do impacto, Hülkenberg conseguiu manter o motor ligado e levou o carro danificado até os boxes, dando à Kick Sauber uma chance de reparo. Piastri e Colapinto, no entanto, abandonaram definitivamente.
O carro de Hülkenberg apresentava danos nas asas dianteira e traseira, além de dúvidas sobre o estado da suspensão e do assoalho. Como ocupava a última posição, a equipe considerava fazer apenas reparos básicos para economizar tempo. Assim como Piastri, Hülkenberg também subiu demais no meio-fio molhado e acabou rodando — uma linha que seria ideal em pista seca, mas traiçoeira nas condições de umidade.
Relargada
Nas voltas derradeiras, Antonelli chegou a reduzir a diferença para menos de meio segundo e pressionou Norris em busca de sua primeira vitória. O italiano até abriu o DRS algumas vezes, mas o desgaste dos pneus traseiros da Mercedes e a dificuldade de ultrapassar fora da linha seca impediram a manobra.
Durante boa parte da prova, Norris precisou equilibrar ritmo e conservação dos pneus macios, já que a pista secava rapidamente e a temperatura subia. Enquanto isso, as Mercedes de Antonelli e Russell, equipadas com compostos médios, mostraram desempenho mais constante.
Mais atrás, Leclerc finalmente conseguiu superar Alonso, depois de várias tentativas frustradas, e Hamilton passou a atacar o espanhol. Gasly, por sua vez, fez valer o bom ritmo da Alpine para alcançar Stroll e entrar no top 8.
Apesar da bandeira amarela no final, Lando Norris cruzou a linha de chegada na frente, segurando Antonelli por menos de um segundo. George Russell completou o pódio, seguido por Max Verstappen em quarto e Charles Leclerc em quinto. Fernando Alonso manteve o sexto lugar, à frente de Lewis Hamilton, enquanto Pierre Gasly garantiu o último ponto em disputa ao ultrapassar Lance Stroll nas voltas finais.
Alonso enfrentou problemas de consumo e recebeu ordens para economizar combustível, o que o deixou vulnerável às investidas de Leclerc e Hamilton. No pelotão intermediário, Lawson e Ocon protagonizaram boas disputas, após o neozelandês já ter se enroscado com Bearman mais cedo.
O Sprint de São Paulo terminou em clima de tensão neste sábado. Lando Norris confirmou a vitória após uma batalha eletrizante com Kimi Antonelli, mas a corrida foi encerrada sob bandeiras amarelas duplas por causa de um acidente violento de Gabriel Bortoleto, o piloto da casa.
Forte batida de Bortoleto
Os replays mostraram que Bortoleto estava preso em um “trem de DRS”, logo atrás de Alexander Albon. O brasileiro tentou se arriscar em uma manobra de ultrapassagem, mas ao sair da linha seca, acabou tocando na parte úmida da pista. O carro perdeu aderência instantaneamente, girou e bateu forte contra a barreira interna antes de atravessar a pista e atingir o muro oposto.
Por sorte, Albon conseguiu desviar por muito pouco, embora um pedaço da asa dianteira da Kick Sauber tenha ficado preso sob o assoalho de sua Williams. A batida foi forte o bastante para deixar a equipe suíça com muito trabalho nos boxes — e coloca em dúvida a participação de Bortoleto na classificação.
Logo após o impacto, o piloto brasileiro avisou pelo rádio que estava bem, para alívio do público em Interlagos.
Com o triunfo, Norris garantiu mais pontos importantes na briga interna da McLaren e encerrou o Sprint com autoridade, mesmo sob pressão constante.
A grande preocupação ficou por conta de Gabriel Bortoleto, que apesar da forte batida, saiu ileso — mas sua participação no restante do fim de semana em Interlagos ainda é incerta.
