Na tarde desta quarta-feira (5), o piloto britânico George Russell, da Mercedes AMG Petronas, concedeu uma coletiva de imprensa em São Paulo e comentou sobre suas expectativas para o Grande Prêmio do Brasil, o carinho pelos fãs brasileiros, o circuito de Interlagos e o fim do formato sprint no país a partir da próxima temporada.
Ao Portal Parabólica, Russell foi questionado sobre como avalia sua temporada de 2025 e o que mudou desde o início do ano:
“Se nós olharmos o progresso que fizemos, comparado com a RB, por exemplo, que era o time dominante em 2023, estamos brigando frequentemente com eles. E claro, tem sido uma grande surpresa com a McLaren, que nessa temporada fez um trabalho incrível. Então, nós queremos terminar essa temporada mais pra cima, conquistar mais vitórias. Eu adoraria lutar e conquistar uma vitória nesse fim de semana no Brasil, porque aqui é um lugar especial para mim. A verdade é que estamos muito focados agora na temporada de 2026, porque estamos aqui para lutar pelo campeonato, estamos aqui para lutar por vitórias toda semana. Esse ano não foi possível, então temos que focar na próxima oportunidade.”, pontou.
Questionado sobre o circuito de Interlagos, o britânico foi enfático:
“O Brasil sempre entrega corridas icônicas — Lewis em 2021 e eu em 2022. Acho que há algo nesse circuito histórico que sempre produz grandes corridas na Fórmula 1, e ainda vai seguir fazendo história.” enfatizou George.
Russell também comentou sobre o jovem brasileiro Gabriel Bortoleto, que se aproxima da Fórmula 1:
“Tenho visto o progresso dele. Não é fácil entrar na Fórmula 1.”, comentou Russell.
O piloto afirmou estar em um bom momento pessoal:
“Mentalmente estou muito bem.”, revelou.
Sobre a possibilidade de chuva durante o fim de semana, e a constante mudança de clima nas corridas em Interlagos, Russell destacou as dificuldades enfrentadas pelos pilotos em condições molhadas:
“Pra ser honesto, o principal desafio é a visibilidade. Quando está chovendo e você está dirigindo a 300 km/h na reta, cada pneu leva mais de 50 litros por segundo e você não consegue ver nada à sua frente. Esse é o grande problema. Espero que possamos achar uma solução, porque é incrível correr na chuva, mas você nem vê o carro da frente. Talvez no futuro tenhamos um display que ajude nisso.”, frisou.
O britânico ainda elogiou o companheiro Kimi Antonelli, com quem divide os testes da equipe:
“Não é porque é novato que você não pode aprender com uma pessoa nova.”, disse.
Encerrando, Russell comentou sobre a expectativa para o fim de semana e o fim das corridas sprint em Interlagos:
“Esse final de semana será o melhor de tudo que a gente viu até agora. O Brasil sempre oferece uma corrida incrível, com ou sem sprint. Tivemos isso pelos últimos quatro anos. Isso não significa que será a última para sempre — talvez no futuro o Brasil volte a ter sprint. Acho bom e justo que outros circuitos também tenham a oportunidade de experienciar isso.Eu particularmente gosto dos fins de semana de sprint, porque podemos começar a luta já na sexta-feira.”, finalizou.
