A FIA vai tornar mais rigoroso o sistema de protestos da Fórmula 1 a partir da temporada 2026. A entidade aprovou o aumento dos valores exigidos como depósito para a abertura de protestos, pedidos de revisão e investigações técnicas, com o objetivo de coibir reclamações consideradas excessivas ou sem fundamento.
A mudança consta no rascunho mais recente do regulamento esportivo, aprovado em dezembro pelo Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, e é resultado de discussões iniciadas ainda em julho, durante reunião da Comissão da Fórmula 1.
O tema ganhou força após uma série de episódios nas últimas duas temporadas, quando protestos atrasaram por horas a confirmação de resultados oficiais das corridas. A insatisfação no paddock cresceu especialmente após reclamações repetidas que não prosperaram junto aos comissários.
A nova regra prevê um aumento significativo nas taxas exigidas para dar entrada em protestos formais. Embora o valor seja reembolsado caso a reclamação seja aceita, a intenção é tornar o processo mais oneroso e, assim, desencorajar o uso estratégico ou abusivo do sistema.
Os custos com protestos entram no teto orçamentário das equipes, o que reforça o impacto financeiro da medida. O tema, inclusive, foi abordado publicamente por George Russell após uma das contestações. À época, o piloto afirmou que um depósito de apenas €2 mil era irrelevante para equipes que movimentam milhões e defendeu valores muito mais altos para frear esse tipo de iniciativa.
Além dos protestos esportivos, a FIA também aumentou as taxas para pedidos de investigação técnica em carros adversários. Os valores para solicitações de revisão foram elevados para €20 mil por pedido, um aumento de 1000%, completando um pacote de medidas que busca tornar o sistema de reclamações da Fórmula 1 mais responsável e eficiente
